quarta-feira, 16 de maio de 2012


TSE reduz multa aplicada a Lula de R$ 900 mil para R$ 20 mil

Ex-presidente foi multado por propaganda antecipada para reeleição em 2006

Agência Brasil  - Atualizada às 
A maior multa eleitoral aplicada ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de R$ 900 mil, foi recalculada nesta terça-feira (15) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por 4 votos a 3, os ministros acataram recurso para reduzir o valor a ser pago pela distribuição de 1 milhão de cartilhas sobre o primeiro mandato de Lula, considerada uma forma de propaganda antecipada para a reeleição do presidente. A multa foi reduzida para R$ 20 mil.
Para o PSDB, autor da ação por crime eleitoral, a cartilha continha "louvores do governo federal, sem objetivo de orientação educacional, informação ou comunicação social". Além de o material ter sido distribuído antes do período o permitido por lei, o partido também criticava o fato de a publicação de 36 páginas ter sido paga com dinheiro público, por iniciativa do governo federal.
No primeiro julgamento, em 2006, sobre o caso, os ministros do TSE entenderam, por 4 votos a 2, que o valor da multa deveria ser proporcional ao dinheiro gasto para a veiculação das cartilhas. Agora, com a corte alterada pela chegada de novos membros, a maioria dos ministros entendeu que a multa foi exagerada, optando pela redução do valor em 45 vezes.
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Mercadante: questões do Enem serão públicas quando chegarem a 50 mil

Ministro da Educação afirma em congresso que trabalha para aumentar banco de itens e disponibilizá-los a todos os interessados

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo 
O ministro da Educação Aloizio Mercadante afirmou que todas as questões possíveis do Exame Nacional do Ensino (Enem) serão abertas aos interessados quando o Banco Nacional de Itens chegar a 50 mil. “Se algum aluno decorar as respostas para as 50 mil, ótimo, queremos ele na universidade”, disse no Congresso Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) em São Bernardo do Campo.
De acordo com ele, um mutirão eletrônico foi feito entre as 36 universidades federais “fortaleceu muito o banco de questões”. “A experiência foi tão bem sucedida que vamos repetir”, disse. No entanto, antes de serem usadas, as questões têm que passar por pré-testes como o que resultou no vazamento das perguntas do Enem de 2011. “A Teoria de Resposta ao Item sempre vai exigir o pré-teste, mas nós vamos agilizar isso também.”
O Ministério da Educação afirma ter 6 mil questões disponíveis para uso no Enem, mas o vazamento de uma prova com 14 questões idênticas as que foram aplicadas no teste colocou em dúvida se todas estariam o volume realmente seria este. Apesar da promessa da liberação de questões, Mercadante não fez previsões de quando isso ocorrerá.
Prova para professores
Mercadante também prometeu lançar ainda no segundo semestre de 2012 o edital da Prova Nacional para Ingresso de Docentes para aplicar o exame em 2013. O teste, que deve ajudar os municípios substituindo concursos simultâneos e custos em cada cidade, estava prometido para este ano, mas como adiantou o iG, o processo está atrasado.
Gafe no discurso
Na maior parte de sua exposição sobre os planos do MEC, Mercadante foi aplaudido, mas também arrancou gritos de queixas. Ao falar da como o País precisa formar mais médicos, citou um déficit de 9 mil vagas no ensino superior e disse que seria difícil sanar o problema. “Não tem como formar tantos médicos só com as universidades federais e boas públicas. E médico é coisa séria que não se pode formar de qualquer jeito”, disse a plateia de dirigentes educacionais composta praticamente por professores e que lida com o problema da falta de docentes bem preparados.
Entre as que reclamaram estava a secretária municipal de Educação de Aparecida do Taboado, em Mato Grosso do Sul, Maria Célia Souto Alvarez. “Se o médico salva vidas, o professor estrutura mentalidades, forma a cabeça”, comentou. “Um médico ganha oito, dez vezes mais que um professor e ainda tem uma formação que dificulta o trabalho. Os municípios não têm dinheiro para suprir a formação que não é dada na faculdade.”
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Falha do PT deixa programa de Haddad fora da TV Globo

‘É tanta incompetência que fica difícil até apontar o culpado’, disse um dirigente do partido engajado na candidatura do petista

Ricardo Galhardo, iG São Paulo  - Atualizada às 
As falhas do PT que levaram a TV Globo a deixar de fora as inserções nacionais do partido provocaram novas turbulências na campanha do pré-candidato do partido à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
Mau humor, irritação, trocas de acusações foram a tônica em conversas reservadas com dirigentes petistas. Depois de muita indefinição o vereador Chico Macena, um dos coordenadores da campanha de Haddad, publicou no Twitter um link para os vídeos nos quais Haddad aparece ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É tanta incompetência que fica difícil até apontar o culpado”, disse um dirigente do partido engajado desde o começo na candidatura de Haddad.
A Globo se recusou a transmitir as inserções porque o PT perdeu o prazo de 15 dias para informar a emissora. Segundo fontes petistas, o partido interpretou de forma errada uma sentença do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo proferida em março. Na época, o partido foi punido com a suspensão do programa de TV por ter feito campanha antecipada a favor da então candidata Dilma Rousseff em 2010.
A suspensão incluía apenas os blocos de 10 minutos do programa. O TRE-SP não suspendeu as inserções de até um minuto, mas o PT interpretou a sentença como se fosse o cancelamento de todo o tempo de TV do partido.
A confusão só foi desfeita na semana passada. Lula e Haddad correram para o estúdio de uma produtora em São Paulo para gravar o programa, mas não havia mais tempo hábil para informar a TV Globo. Segundo a lei, as emissoras devem ser informadas com no mínimo 15 dias de antecedência. O PT avisou a Globo apenas seis dias antes. Em nota, a emissora alega que se a Justiça acatar pedido de liminar do partido estará pronta para veicular as propagandas.
Os anúncios na TV eram vistos pelo partido como fundamentais para vincular o nome de Haddad ao de Lula e torná-lo mais conhecido. O PT nacional se recusou a comentar a confusão. Macena e o coordenador geral da campanha, Antonio Donato, foram procurados, mas não foram encontrados.
A confusão é mais uma da longa lista de dificuldades encontradas pelo partido para emplacar a candidatura de Haddad. Primeiro foi a forma traumática como outros pré-candidatos, em especial a senadora Marta Suplicy, foram descartados da disputa.
Depois vieram as disputas internas por postos na coordenação da campanha de Haddad, a falta de experiência eleitoral do pré-candidato, a doença que afastou Lula da pré-campanha, as críticas internas pela aproximação com o PSD de Gilberto Kassab, a dificuldade em compor um arco de alianças e, finalmente, a suspensão dos programas na TV. Segundo o Ibope, Haddad está empacado em 3% das intenções de voto atrás de José Serra (PSDB, 31%), Celso Russomanno (PRB, 16%), Netinho de Paula (PC do B, 8%), Soninha Fancine (PPS, 7%), Gabriel Chalita (PMDB, 6%) e Paulinho da Força (PDT, 5%).
 

Ratko Mladic, acusado de crimes de guerra, começa a ser julgado

Ex-general sérvio-bósnio é acusado do genocídio de quase 8 mil homens muçulmanos

EFE  - Atualizada às 
O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) iniciou nesta quarta-feira o julgamento do ex-general sérvio-bósnio Ratko Mladic, acusado de crimes de guerra e lesa-humanidade, entre eles genocídio, perpetrados durante a guerra da Bósnia (1992-95).
Foto: APRatko Mladic compareceu ao tribunal sem seu característico boné
O TPII manteve a data da abertura do julgamento após rejeitar a solicitação da defesa de Mladic para afastar, por suposta falta de imparcialidade, o juiz que preside o caso, o holandês Alphons Orie. Mladic compareceu ao tribunal sem seu característico boné e com bom aspecto físico.
A Promotoria, que no total conta com 200 horas para o julgamento, exporá entre hoje e amanhã suas alegações iniciais, enquanto os advogados de Mladic farão o mesmo assim que os promotores acabarem de apresentar as provas e chamar as testemunhas.
O início do julgamento acontece um ano depois da detenção de Mladic e 17 anos depois de o tribunal ter publicado a primeira acusação contra o ex-general. Os promotores apresentarão durante o julgamento as versões de 411 testemunhas, sete das quais irão dar suas declarações no próprio tribunal.
Conhecido como o "Açougueiro dos Bálcãs", Mladic, de 70 anos, é acusado do genocídio de quase 8 mil homens muçulmanos no enclave de Srebrenica em 1995.
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Saneamento: iniciativa privada vai assumir R$ 10 bi em projetos

População atendida deverá crescer 80% ao longo dos novos contratos, de 16,7 milhões de pessoas, no final de 2011, para 30 milhões

Dubes Sônego, iG São Paulo 
Foto: Tiago Queiroz/AESaneamento
Prefeituras municipais e companhias estaduais de água e esgoto estão colocando na rua editais de licitação com potencial para elevar em 80% o número de pessoas atendidas pela iniciativa privada no setor de saneamento básico. De acordo com dados da Associação Brasileira das concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), até o final do 2011, elas prestavam serviços a 16,7 milhões de pessoas no país, ou pouco mais de 10% da população urbana. Com contratos municipais e estaduais fechados no início deste ano, o índice pulou para 13%, diz Paulo Roberto Oliveira, diretor presidente da entidade, e pode superar os 18,5% (30 milhões de pessoas) caso todas essas licitações em andamento sejam concluídas em 2012.
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A lista inclui projetos de ampliação das redes de coleta e tratamento de esgoto em grandes capitais, como Rio de Janeiro e Recife, e de captação e tratamento de água em outras, como São Paulo e Belo Horizonte. Há ainda projetos no interior de Goiás e no Espírito Santo. Juntos, eles preveem investimentos de mais de R$ 10 bilhões no período de vigência dos contratos, que deverão ser geridos pelas empresas privadas.
A concentração de grandes projetos neste ano – de eleições municipais – é vista por quem acompanha a área como reflexo do amadurecimento do mercado, passados cinco anos da entrada em vigor da nova legislação do setor. O prazo inicial para que todas as prefeituras apresentassem planos de universalização dos serviços de água e esgoto (2010) foi descumprido pela quase totalidade das administrações municipais e acabou adiado para 2014. Mas, na avaliação de especialistas, dirigentes e empresas do ramo, a percepção é de que, apesar do ritmo inicial, as coisas começam a andar.
Muitas prefeituras estão optando por renovar contratos com companhias estaduais, que agora precisam apresentar planos com metas e prazos de universalização dos serviços. Na primeira versão dos contratos, alguns dos quais com apenas três folhas, diz Oliveira, não havia nada disso. As companhias estaduais investiam quando podiam ou quando as conveniências políticas mandavam. Não havia punição prevista.
Dentro da nova lei há. “Essas companhias estaduais estão vendo que estão assumindo obrigações muito grandes e que têm capacidade de investimento limitada. Com isso, as mais estruturadas, com ações em bolsa, estão lançando mão de parcerias com os privados, para fazer frente aos compromissos assumidos”, diz o dirigente da Abcon.
“São projetos que o governo muitas vezes se convenceu de que não vai conseguir fazer sozinho. Não necessariamente por causa do volume dos investimentos envolvidos, mas pela dificuldade de gerenciamento”, afirma Heloísa Barroso Uelze, sócia da área de direito público e administrativo do escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe.
A Sabesp, por exemplo, tem planos de lançar neste ano edital de uma Parceria Público Privada (PPP) para a construção do Sistema Adutor São Lourenço, que permitirá aumentar da oferta de água na região metropolitana de São Paulo em 4,7 milhões de litros por segundo e atender a mais de 1,5 milhão de pessoas.
Foto: DivulgaçãoPaulo Roberto Oliveira, presidente da Associação Brasileira das concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon)
Em Pernambuco, a Compesa, companhia estadual de saneamento, também escolheu o modelo para viabilizar a execução de obras para o tratamento de esgoto em 14 municípios da região metropolitana de Recife e na cidade de Goiana, polo industrial em formação ao Norte da capital pernambucana. Com previsão de lançamento ainda neste mês de maio, o edital fala em investimentos de R$ 4,5 bilhões ao longo do período de vigência do contrato e no atendimento de 3,7 milhões de pessoas.
No Espírito Santo, terminou nesta segunda-feira, dia 14, o período de consulta pública, iniciado em abril, do edital de PPP para coleta e tratamento de esgoto em Serra, principal cidade da região metropolitana da capital Vitória. A expectativa da Cesan, companhia estadual de saneamento do Espírito Santo e responsável pelo processo, é de que o edital possa ser publicado até o final deste mês, para que as propostas sejam abertas na Bovespa, na primeira quinzena de julho. O projeto prevê investimentos de R$ 390 milhões e tem perspectiva de atendimento de 500 mil pessoas.
“De ambos os lados, as pessoas estão se acostumando com as PPPs”, diz Heloísa, do Trench, Rossi e Watanabe. “O governo está mais confortável para fazer os editais e sabe que vai conseguir o dinheiro. Da mesma forma, os particulares também estão. Antes, sentia resistência por parte de grandes construtoras nas PPPs”.
“A lei precisa de um tempo para pegar”, afirma Paulo Roberto de Oliveira, diretor presidente da Associação Brasileira das concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon). “A regulamentação da lei de 2007 só veio em 2010”.
Levantamento feito pela CAB Ambiental, companhia ligada ao grupo Galvão de construção e uma das principais empresas privadas do setor no Brasil, sugere o quão lento pode ser o processo. Em 2007, foram lançados sete editais no país. Em 2008, foram sete; em 2009, cinco; em 2010, seis. No ano passado, o setor empolgou-se com o lançamento de dez. Neste, com quatro. O Brasil tem mais de 5,5 mil municípios - algumas centenas já renovaram com companhias estaduais, processo que não demanda licitação. O restante terá que resolver a questão até 2014.
Das 42 licitações que foram para a rua no país desde a edição da nova lei do saneamento, Yves Besse, presidente da Cab Ambiental e ex-presidente da Abcon, diz que 13, ou 31% do total, foram canceladas. “Pelo histórico, 70% vão para frente”, diz.
Bem sucedidos
Na lista dos que deram certo, um dos principais contratos assinados neste ano foi o da Área de Planejamento – 5, no Rio de Janeiro, que engloba 21 bairros da Zona Oeste da capital. A disputa foi vencida pelo consórcio Foz Águas, formado por Foz do Brasil (Odebrecht) e Saab (Queiroz Galvão), que deverá investir cerca de R$ 2,1 bilhões na estruturação de redes de captação de esgoto e estações de tratamento.
A CAB, de Besse, também levou os seus: Cuiabá (MT); as catarinenses Tubarão e Itapoá e uma PPP com a Casal, estatal de saneamento alagoana, para produção de água na região de Arapiraca, com previsão de assinatura em maio, diz o executivo.
Saab e AGS venceram em Votorantim, no interior de São Paulo, e a OHL Meio Ambiente, ficou com uma PPP de R$ 240 milhões, em Sertãozinho (SP). São Gabriel e São Luiz Gonzaga, municípios gaúchos, foram para Solví e Enops, respectivamente. Nesta semana, o Grupo Equipav, anuncio a conquista do contrato de coleta e tratamento de esgoto de Piracicaba (SP), através da Aegea Saneamento.
Outras prefeituras municipais têm processos abertos. Mas o que não sair até junho, Besse acredita que deverá ficar para o ano que vem, em função das eleições municipais deste ano. A disputa política costuma travar os processos no setor. “Reclamamos, mas temos que reconhecer que há também melhorias”, afirma.
No ritmo atual, Oliveira, da Abcon, estima que será possível que a participação das empresas chegue aos 30%, até 2020. Um processo que, em sua avaliação, será impulsionado por uma crescente pressão da sociedade civil e de políticas internacionais, como as metas do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Juliana Paes sobre cenas de sexo: “O profissionalismo exige nosso corpo”

Em entrevista exclusiva, atriz fala ao iG sobre os desafios de interpretar Gabriela no remake da TV Globo e diz não temer estereótipo pelos papéis sensuais

Priscila Bessa, iG Rio de Janeiro 
Foto: Divulgação/TV GloboJuliana Paes sobre Sonia Braga: "Ela é minha grande inspiração"
Short jeans, camiseta branca, sem maquiagem nenhuma, cabelos soltos. O look da aniversariante não poderia ser mais apropriado. Afinal, a garota estava no calorão de um botequim na cidade de São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, comemorando entre colegas seu aniversário de 33 anos. Porém, o que deveria ter sido apenas um momento comum de descontração de qualquer pessoa, acabou tomando dimensões maiores por se tratar de Juliana Paes, a estrela de “Gabriela”, próxima novela das 23h da Rede Globo.
Fotos da festinha acabaram sendo divulgadas por um site local e depois publicadas em vários veículos no Brasil. Todos as matérias comentaram a simplicidade da atriz na ocasião – imagem bastante diferente daquela a qual o público está acostumado a ver – , mas alguns foram mais longe e fizeram comentários maldosos sobre sua aparência um tanto descuidada.
Em entrevista ao iG, no entanto, Juliana Paes garante que não está nem aí para a polêmica. “Estou muito satisfeita com a minha aparência. Sou uma pessoa pública, estou sujeita a todo tipo de comentário. Faz parte...”, diz ela.
Com a mesma segurança, Juliana fala sobre as cenas de sexo que tem gravado desde que foi escolhida como a protagonista do remake de “Gabriela”, baseada na obra de Jorge Amado – a trama eternizou Sonia Braga no mesmo papel na versão original de 1975.
“O profissionalismo exige nosso corpo a serviço dos personagens e, desde que isso realmente caiba na cena, que tenha uma luz bonita, tomadas sensíveis, não há problema. É belo”, afirma a intérprete da baiana sensual, livre e fogosa, que mexe com o imaginário dos moradores de Ilhéus no folhetim.
Dos laboratórios para encarnar Gabriela – o remake estreia dia 19 de junho, às 23h – 
Juliana diz que pretende levar para a vida pessoal o que aprendeu nas aulas de culinária, em especial a receita de uma moqueca de peixe.
Ao iG ela conta como foi ficar longe pela primeira vez do filho, Pedro, 1 anos e 5 meses, da união com o empresário Carlos Eduardo Baptista. Conta também que, apesar dos ciúmes do marido – ele até evita assistir as cenas mais sensuais de Juliana – , isso não é um problema para o casal. “Ele tem a dose certa de ciúme em um relacionamento”.
iG: Você está com 33 anos e sofreu c ríticas com relação à idade na época em que seu nome foi anunciado como a protagonista do remake de “Gabriela”. Já havia se questionado sobre isso antes? Teve crise dos 30 ou em algum momento se preocupou em envelhecer?
Juliana Paes: 
Nunca tive nenhum problema com essa questão de idade, muito pelo contrário, mas como estavam todos falando sobre isso comecei a ficar encucada (risos). Só que depois vi que era uma grande besteira. Papo para vender revista.
Foto: AgNewsJuliana Paes: "Eu não assisti as cenas que fiz até aqui. Verei junto com o público".
iG: É inegável que a aparência jovial de atrizes mais experientes é um fator determinante na hora de serem escaladas para interpretar heroínas de novelas. Você faz algum tratamento ou toma alguma medida para se manter com visual ainda mais jovem? 
Juliana Paes:
 Sempre fui de tomar cuidado com minha pele. Procuro sempre protegê-la da melhor forma, uso bons produtos. Procuro tomar bastante líquido também. As melhores medidas são essas que fazemos naturalmente no dia a dia.

A Gabriela vai muito além do sensual.”
iG: Você disse que Sonia Braga, intérprete da personagem-título na primeira versão de “Gabriela”, elogiou sua escalação e até lhe enviou um cartão. Como é interpretar uma personagem tão marcante? 
Juliana Paes:
 Fazer esta personagem é um presente. Fiquei super-honrada com a atitude da Sonia e muito feliz também. A “aprovação” dela me deixou muito segura. Sei que se sentirá homenageada porque, afinal de contas, ela é minha grande inspiração.
 iG: Você também declarou que é difícil resistir à tentação de imitá-la, mas irá compor a sua Gabriela. Como pretende estabelecer as diferenças entre a personagem da primeira versão para a segunda?
Juliana Paes:
 Essas diferenças ficarão a cargo do remake. São outras roupas, outro cenário, outro texto, outra atriz... Sobre as nuances interpretativas só o diretor pode falar. Eu não assisti às cenas que fiz até aqui. Verei junto com o público.
iG: O que você trouxe das suas experiências pessoais para a personagem? O que tem em comum com Gabriela? 
Juliana Paes:
 Ela é uma mulher simples, conectada com a natureza e com seus instintos, e eu também sou. Claro que nas devidas proporções.
Foto: AgNewsJuliana Paes sobre o marido: "Ele tem a dose certa de ciúme em um relacionamento".
iG: Gabriela é a personagem mai s sensual de Jorge Amado. Você se preocupou em ficar estereotipada por já ter feito diversos personagens sensuais como a Creusa de “América” e a Jaqueline Joy de “Celebridade”? 
Juliana Paes: 
Não fiquei. Já fiz outras personagens que não seguiam este estereótipo. A Gabriela vai muito além do sensual.
iG: Sobre ciúmes das cenas de sexo que fazem parte da trama, você disse que seu marido adotará o método de sempre para driblar o sentimento: não assistirá às sequências. No dia a dia o Carlos Eduardo é ciumento? 
Juliana Paes
: Ele tem a dose certa de ciúme em um relacionamento.

Ela é uma mulher simples, conectada com a natureza e com seus instintos, e eu também sou.”
iG: Você decla rou quando fez “As Brasileiras” que também sente ciúmes, mas não é barraqueira e chega até a engolir alguns sapos. Acha que demonstração de ciúmes é sinônimo de fraqueza?
Juliana Paes:
 Não, talvez de insegurança. Mas raras vezes discutimos por esse motivo...

iG: As fotos que foram divulgadas por um site do Piauí, na ocasião em que comemorou seu aniversário em uma cidade do interior, tiveram grande repercussão pelo fato de você aparecer sem maquiagem e com roupas simples. Ao se despir da vaidade, não se incomoda com os comentários mal dosos?
Juliana Paes:
 Não. Estou muito satisfeita com a minha aparência. Sou uma pessoa pública, estou sujeita a todo tipo de comentário. Faz parte...
Foto: AgNewsJuliana Paes: "A Gabriela vai muito além do sensual"
iG: Você disse que não teme as cenas de sexo. Após tantos personagens sensuais perdeu um pouco do pudor com relação à nudez?
Juliana Paes:
 Pudor... Não é essa a palavra. Continuo achando desconfortável, mas o profissionalismo exige nosso corpo a serviço dos personagens e desde que isso realmente caiba na cena, que tenha uma luz bonita, que tenha umas tomadas sensíveis, não há problema. É belo.
iG: Você teve aulas de culinária e prosódia, entre outras atividades, para interpretar Gabriela. De tudo que aprendeu, do que mais gostou e acredita que pode levar para a vida pessoal?
Juliana Paes:
 Certamente dos pratos deliciosos que aprendi a fazer como a moqueca de peixe.
iG: Enquanto gravava no Sertão foi a primeira vez que ficou mais tempo afastada de Pedro. Como lidou com a distância?
Juliana Paes:
 Durante as gravações era tranquilo pois estávamos muito concentrados no trabalho e era um ritmo muito acelerado. Quando chegava a noite, que eu ia para o hotel, o coração apertava e a saudade batia forte. Quando saí do Sertão e fui para Ilhéus, mandei buscá-lo aqui no Rio de Janeiro para que ele pudesse ficar do meu ladinho.
"Gabriela" estreia dia 19 de junho, no horário das 23h. Foto: Divulgação/TV Globo
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Apocalipse gourmet: coma antes que acabe

Estudos apontam 13 ingredientes que o aquecimento global e outras catástrofes naturais podem fazer desaparecer da mesa

Ana Lucia Silva, especial para o iG São Paulo 
Foto: ThinkstockAquecimento global, desmatamento e coleta predatória podem fazer que o prato fique vazio
Se a situação ambiental não for revertida, há rumores de que o aquecimento global vai provocar mudanças no cardápio mundial. E não é só ele. Além do aumento da temperatura e as modificações climáticas da Terra, a pesca predatória e o desmatamento também poderão causar modificações importantes no cardápio do homem. Nas próximas décadas, alimentos que fazem parte do nosso dia-a-dia vão se transformar em artigo de luxo.
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Segundo os cientistas, a Terra deve apresentar uma elevação na temperatura de 2 a 3 graus até 2050 e o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change) prevê um aumento de 5,8ºC nos próximos 100 anos. Se não forem controladas as emissões de gás carbônico, as previsões podem se tornar verdadeiras. Confira 13 ingredientes que vão sofrer com as mudanças e receitas para aproveitá-los enquanto ainda dá tempo.
Foto: DullaO chocolate vai se tornar um produto caro. Imagina ficar sem brigadeiro, sem bombom, sem bolo...
Chocolate 
O chocolate já foi bebida sagrada para as civilizações pré-colombianas e se transformou em um grande hit mundial. Mas quem não vive sem chocolate prepare-se. Daqui a 40 anos, segundo estudo da fundação Bill & Melinda Gates, o hábito custará caro.
As principais áreas de cultivo do cacau, Gana e Costa do Marfim, podem sofrer danos definitivos. O problemão é que esses dois países africanos são responsáveis por 2/3 da produção mundial do ingrediente. Para tentar fugir dessa realidade, fazendeiros começaram a procurar regiões mais frias e limitadas para seu cultivo, que precisam de um alto investimento em tecnologia, segundo o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), na Colômbia.
Foto: Edu Cesar/FotoarenaSalmão e outros peixes podem sumir do cardápio em 2050
Salmão 
Os peixes são produtos sensíveis que vão sofrer muito com as alterações climáticas e a mudança de acidez dos oceanos. Segundo a National Wild Federation, o salmão terá problemas para se  alimentar com os moluscos, cada vez mais ácidos, e também para se reproduzir, já que as ovas serão arrastadas pelos rios.
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Foto: Getty ImagesNem on the rocks, nem puro. O uísque corre risco de desaparecer
Uísque 
Os amantes da bebida podem sofrer com a falta de quantidade e também qualidade. A Escócia, maior produtor de uísque, poderá ter que enfrentar secas, enchentes e pragas nas áreas de plantio de cereais usados na fabricação da bebida, como o malte. É o que diz uma pesquisa encomendada pelo governo escocês em 2011.
Veja também: A nova cara do uísque 
Conheça: A Catedral do Whisky
Foto: Tadeu Brunelli/DivulgaçãoOs tradicionais bolinhos de bacalhau podem ficar só na lembrança

Atum e bacalhau 
O atum e o bacalhau também vão sofrer os impactos. Segundo a pesquisa coordenada por Stephen R. Palumbi, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o cenário em 2050 não será nada bom. O estudo aponta que até lá nenhuma espécie marinha que usamos para fazer nossos pratos será própria para o consumo.
Segundo os pesquisadores, algumas espécies já perderam 90% de sua população total desde 1994. No caso do atum azul e dos peixes conservados como bacalhau, tidos como nobres, a população caiu 92% nos últimos 60 anos. Além da temperatura, essas espécies têm problemas com a pesca predatória.
Foto: Getty ImagesBordeaux, na França, é uma das mais tradicionais regiões produtoras de vinho
Vinhos de Bordeaux 
A região francesa de Bordeaux é uma das mais respeitadas quando o assunto é vinho. Nem ela, área produtora das mais antigas e responsável por 1/3 da produção da França, vai escapar. Alguns especialistas dizem que com as alterações do aquecimento global, a área se tornará imprópria para o cultivo das uvas em 2050.
A saída deve ser o uso de espécies geneticamente modificadas, que vão deixar os frutos mais resistente às mudanças climáticas. O preço, com certeza, vai subir junto com a temperatura.
Foto: DullaO arroz é a base da alimentação de muitos povos e pode sofrer com o aumento da temperatura
Arroz 
O arroz é a base da alimentação de muitas culturas. Como falar para um japonês que ele vai ficar sem sushi ou para um brasileiro que ele vai ter que fazer mudanças estruturais em seu PF? A colheita de arroz já tem mostrado quedas de até 20% no rendimento dos últimos 25 anos. Uma pesquisa norte-americana realizada com 227 propriedades rurais das principais regiões produtoras (Tailândia, Vietnã, Índia e China) relaciona a redução com o aumento de temperatura durante a noite. Para eles, as plantas estão gastando mais energia para respirar em noites quentes, afetando a fotossíntese e o desenvolvimento da plantação.
Foto: Getty ImagesA produção de mel já vem caindo na Europa, América do Norte, África e Ásia
Mel 
As colônias de abelha na Europa, América do Norte, África e Ásia, começaram a dar os primeiros sinais de problemas. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, as populações de abelha diminuíram de 5,5 milhões, em 1950, para 2,5 milhões, em 2007.
Os principais culpados são os agrotóxicos e a poluição, mas uma corrente de cientistas não exclui o aquecimento do planeta que vem alterando a floração como uma das causas.
Foto: DullaParasitas e fungos serão os piores inimigos da banana
Banana 
A situação para os que gostam de banana também não é das melhores. O alerta sobre a banana-nanica que vinha sido atacada por parasitas, como o fungo sigatoka-negra, já foi dado há alguns anos. Ainda existe uma penca de tipos de banana por aí, mas no futuro não há como prever se uma nova praga não fará estrago maior. As bananas que consumimos hoje têm baixa variedade genética e, por isso maior vulnerabilidade.
Foto: Tricia Vieira/Foto ArenaUm simples cafezinho será artigo de luxo nas próximas décadas
Café 
O café também está na mira. Algumas regiões produtoras na América Latina já mostram indícios de queda na produção de seus melhores grãos. Os cafezais precisam de temperatura e clima adequados, além de um equilíbrio entre dias secos e chuvosos e isso não está acontecendo.  As chuvas fortes danificam as flores e o calor intenso acelera a proliferação de fungos. Segundo a Embrapa, se a situação continuar assim, a produção de café no Brasil pode cair 92% até 2100.
Foto: Getty ImagesA mandioca pode não sumir de vez, mas as variedades vão diminuir
Mandioca 
A mandioca pode não sumir totalmente do cardápio, mas com certeza a variedade de espécies diminuirá, segundo estudo do biólogo Nagib Nassar, da Universidade de Brasília. Alguns tipos selvagens já começaram a sumir no cerrado brasileiro. As pesquisas que estudam a região desde 1970 revelam que três espécies já teriam sumido do mapa. Apesar de a mandioca que usamos em casa estar longe da extinção, perdemos muitas oportunidades de fazer cruzamentos genéticos com as espécies selvagens, que são mais ricas em proteínas. O milho e o trigo também podem sofrer com esse problema.
Um pesquisa da Embrapa, baseada na estimativa do aumento da temperatura do IPCC, é mais pessimista em relação à raiz. Para o órgão, a mandioca corre sério risco de desaparecer ainda em 2020 em áreas cada vez mais quentes, como o semi-árido nordestino. Por outro lado, outras áreas não terão temperatura suficiente para a produção.
Foto: Rita GrimmO pinhão, tão característico da região Sul do País, está na lista dos ameaçados de extinção
Pinhão 
A associação internacional Slow Food criou uma lista de alimentos que correm o risco de desaparecer nas regiões em que são nativos ou pratos típicos com modo de fazer específico tradicional. A lista brasileira conta com mais de 20 produtos, entre eles o pinhão tradicional da região sul e das serras. A principal ameaça do pinhão é a coleta não sustentável.
Foto: André CtenasO pupunha já é usado no lugar do palmito-juçara, espécie muito atingida com a coleta predatória
Palmito 
O palmito-juçara é outro que está na lista da Slow Food Brasil e pelo mesmo motivo: coleta não sustentável. A planta quase sumiu de vez, até que seu consumo começou a ser substituído pelo do palmito pupunha, de cultivo mais fácil.
Apesar dos esforços, o palmito-juçara ainda corre riscos. Nativo da região Sudeste do Brasil, essa espécie sofre com a extração predatória há anos e tem conseguido se manter graças à reservas indígenas guarani que mantém as palmeiras nativas e fazem uma coleta sustentável.
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Bolsas da Europa operam em queda. Ásia fecha no negativo

Na Inglaterra, o índice FTSE 100 cai 1,09%. Na China, Hang Seng sofreu forte queda de 3,19%

iG São Paulo  - Atualizada às 
Em reação à notícia de que os líderes políticos da Grécia não conseguiram chegar a um acordo para formar um novo governo, as principais bolsas de valores da Europa operam em baixa. Na Inglaterra, o índice FTSE 100 cai 1,09%. Na Alemanha, o índice DAX também sofre queda de 1,07%, aos 6.332,27 pontos.
Na França, a bolsa de valores cai 0,64%. Na Espanha, o índice IBEX-35 opera em queda de 1,57%, enquanto na Itália a bolsa de valores cai 0,83%.
Ásia
O índice principal da Bolsa de Valores de Tóquio, o Nikkei, fechou a sessão desta quarta-feira com baixa de 1,12%, aos 8.801,17 pontos. Na China, o índice Hang Seng sofreu forte queda de 3,19%.
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