terça-feira, 15 de maio de 2012


Merkel e Hollande querem permanência da Grécia na zona do euro

"Sabemos que a maioria dos gregos quer o mesmo", disse a chanceler alemã

EFE  - Atualizada às 
Foto: APChanceler alemã Angela Merkel e presidente francês François Hollande aceitam discutir meios para retomada do crescimento na Europa
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, expressaram nesta terça-feira seu desejo de que a Grécia permaneça na zona do euro, apesar da crise política que atinge o país e da ruptura de negociações para formar governo, que está conduzindo a novas eleições.
"Queremos que a Grécia permaneça no euro. Sabemos que a maioria dos gregos quer o mesmo", declarou Merkel no primeiro discurso conjunto entre ela e o novo líder francês após uma primeira reunião na Chancelaria Federal.
Já Hollande ressaltou a importância das relações entre Alemanha e França para ambos os países e também para a Europa, e classificou-as como "estreitas, equilibradas e de respeito mútuo", uma "constante" histórica.
Leia tudo sobre: Alemanha • França • François Hollande • Angela Merkel • Grécia • Zona do Euro

Lucro da Petrobras cai 16%, para R$ 9,2 bi no 1º trimestre

Petroleira atribui resultado ao menor ganho cambial sobre o endividamento e também à redução da receita

Mariana Sant'Anna, iG Rio de Janeiro  - Atualizada às 
Foto: Marcos de Paula/AEPlataforma que trabalha na produção do pré-sal, no Campo Baleia Franca, no litoral do Espírito Santo
A Petrobras anunciou nesta terça-feira um lucro líquido de R$ 9,2 bilhões no primeiro trimestre de 2012, o que representau uma queda de 16% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando a companhia tinha registrado um lucro líquido de R$ 10,9 bilhões.
Na comparação com o quarto trimestre de 2011, houve uma alta de 82% no lucro líquido. As informações foram apresentadas pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa.
O diretor atribuiu a queda de R$ 1,6 bilhão ao menor ganho cambial sobre o endividamento e também à redução da receita financeira. “Essa diferença impactou no resultado financeiro”, resumiu.
A margem Ebitda ficou em R$ 16.521, o que significa um aumento de 18% na comparação com o trimestre anterior.
O diretor evitou comentar com detalhes se haverá ou não aumento no preço da gasolina. “Seguimos monitorando o mercado e apresentando o resultado do nosso monitoramento ao conselho [de administração]
. Até agora o conselho tem se mostrado confortável em se manter a situação corrente”, disse.
Barbassa destacou que a produção média diária ficou praticamente estável no período: no quarto trimestre de 2011, ela foi de 2.670 barris de óleo equivalente (boe) por dia e, no primeiro trimestre deste ano, foi de 2.767 boe por dia.
A receita com as vendas no primeiro trimestre deste ano cresceu 22%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No mesmo período, também cresceu o custo do produto vendido, em 33%. “Isso aconteceu porque cresceu a participação dos derivados importados vendidos no país e esses derivados custaram mais caro”, afirmou Barbassa.
O investimento no primeiro trimestre do ano foi de R$ 18 milhões, 14% maior do que no mesmo período do ano passado, sendo que 52% deste valor foi aplicado na área de exploração e produção o que, segundo Barbassa, é uma tendência para a companhia.
A receita com as vendas no primeiro trimestre deste ano cresceu 22%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No mesmo período, também cresceu o custo do produto vendido, em 33%. “Isso aconteceu porque cresceu a participação dos derivados importados vendidos no país e esses derivados custaram mais caro”, afirmou Barbassa.
A importação de derivados no primeiro trimestre deste ano foi de 406 mil barris por dia, enquanto em 2011 ela havia sido de 279 mil barris por dia, o que o diretor atribui a um aumento da demanda. Apesar do aumento das importações de derivados, as importações líquidas da companhia caíram de 53 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2011 para 50 mil barris por dia no mesmo período deste ano. O aumentio das importações totais, que foi de 684 mil barris por dia para 764 mil barris por dia, foi acompanhado pela alta nas exportações, que passaram de 631 mil barris por dia para 714 mil barris por dia.
 
Leia tudo sobre: Petrobras • petróleo • Almir Barbassa

Comissão da Verdade já tem lista de 119 crimes da esquerda

Primeira reunião que será realizada em Brasília, nesta quarta-feira, debaterá quais destas ações podem ser investigadas

Wilson Lima, iG Brasília 
A Comissão da Verdade já tem uma lista com 119 crimes cometidos pela esquerda que devem ser alvo de investigação. Nessa lista, estão apontados os crimes, as vítimas, protocolo do processo, entre outras informações sobre cada um destes casos.
Segundo integrantes do órgão ouvidos pelo iG, nem todos os crimes serão apurados. Será dada prioridade ao mais emblemáticos. A lista dos casos que serão investigados começará a ser discutida nesta quarta-feira (16), a partir das 16h, durante a primeira reunião da Comissão da Verdade.
A escolha pela investigação dos crimes mais emblemáticos, entretanto, não será algo exclusivo dos crimes cometidos pela esquerda. As atrocidades contra os direitos humanos resultado de ações do Estado também serão alvo de um crivo da comissão. A ideia é igualmente direcionar as investigações para os crimes mais graves. No primeiro momento, o trabalho da Comissão da Verdade vai recair contra crimes como assassinatos, sequestros e atos de tortura durante o regime militar.
A expectativa de foco das investigações já causou uma certa polêmica estar entre dois membros da Comissão: o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias e a ex-advogada da presidente Dilma Rousseff (PT), Rosa Maria Cardoso da Cunha. Dias defende uma investigação ampla; Cunha defende que a Comissão foque na apuração dos crimes dos agentes do Estado.
Nesta terça-feira, por exemplo Dias evitou conversar com a imprensa sobre a Comissão da Verdade para evitar novas polêmicas. Outros membros como o ex-procurador Cláudio Fonteles afirmaram que ainda é cedo de falar em divisão do grupo. Afinal, segundo eles, as divergências de opinião em casos como esses são absolutamente normais. “Você diverge até mesmo com o seu chefe”, disse Fonteles. “Acho que precisamos nos ater a discussões maiores”, complementou.
“Não sei como a comissão pode dar certo. Mas sei como ela pode dar errado: é cada um impondo o seu ponto de vista”, anotou o escritor e advogado José Paulo Cavalcanti. Pela lei nº 12.528, de 18 de novembro de 2011, a Comissão terá como objetivo “examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos” praticadas entre 1946 e 1988, “a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. A lei não especifica se a investigação recairá sobre os crimes da esquerda ou os crimes estatais.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário