segunda-feira, 14 de maio de 2012


Como tornar seu bebê mais inteligente

Estimular corretamente seu filho antes mesmo do nascimento ajuda a desenvolver inteligência e habilidade social

Danielle Nordi - iG São Paulo
Arquivo pessoal
A mãe de Nicole, de seis meses, começou a estimular a filha quando estava grávida
As crianças de hoje estão mudadas. “É comum um bebê de 10 meses apontar o controle remoto para a televisão e tentar mudar de canal hoje em dia. E sempre tem uma avó ou tia mais velha que se surpreende com a cena. É simples: a criança de hoje tem mais estímulo e faz certas coisas mais precocemente”, explica Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz.
Esses estímulos do dia a dia não transformarão todas as crianças em pequenos gênios, mas certamente auxiliarão no melhor desenvolvimento da capacidade intelectual e social de uma criança. Fazer careta ou sorrir para um bebê de poucos meses irá ajudá-lo a desenvolver sua capacidade de interação social, por exemplo.
“Eu não quero transformar meu filho em um gênio. Quero dar ferramentas para que ele tenha facilidade em aprender coisas novas e estimulá-lo a ler e estudar”, afirma a apresentadora Adriana de Castro, mãe de Antonio, dois anos, e de Davi, quatro meses. 
Adriana frequenta um curso especializado em ensinar técnicas de estimulação para gestantes e crianças de até seis anos de idade. Um dos exercícios preferidos da apresentadora – e das crianças – é colocar um cubo de gelo na água da banheira durante o banho dos filhos. “Eles adoram e aprendem que a água congelada derrete. Muito melhor do que simplesmente dar um brinquedo nas mãos deles.”

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Os primeiros anos de vida
Para a especialista em estimulação pré-natal e infantil Paula S. Oliquevitch, Adriana está no caminho certo. Ela afirma que os pais são os principais lapidadores da inteligência dos filhos já que, segundo ela, a maior parte do potencial de um adulto é resultado de estímulos dados nos primeiros 18 meses de vida do bebê. 
Se seu filho passou dessa fase, não se desespere. Mesmo depois dessa idade, os exercícios continuam sendo um fator muito importante. 

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“Ainda não sabemos se o QI de alguém pode ser aumentado, mas não restam dúvidas de que estimular um bebê em seus primeiros anos de vida tem um impacto profundo no desenvolvimento dessa criança”, afirma a britânica Simone Cave, autora do livro recém lançado no Brasil “Bebês Inteligentes” (volumes 1 e 2 – Coquetel).
Esse impacto não é sentido apenas na infância. Bebês bem estimulados observam benefícios ao longo da vida. “Os dois primeiros anos de vida são o período de maior crescimento do cérebro. É nessa fase que precisamos ‘ensinar’ o cérebro a lidar com questões complexas para que ele aprenda a manipular as informações”, explica a pediatra Mariana Moretto.

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Mas não se deve esperar o bebê nascer para então começar a se preocupar com seu desenvolvimento. “Os pais precisam começar a estimular seus filhos desde a gestação com um programa de fortalecimento de vínculos e estímulos dos sentidos, como temperatura e texturas diferentes em contato com a barriga da mãe”, ensina Paula.
Divulgação
Livro "Bebês Inteligentes" ensina técnicas para os pais estimularem seus filhos desde o nascimento
A fisioterapeuta Helena Palanskas Marinheiro, 28, interage com a filha desde a gravidez. “Já fazia exercícios para Nicole, que hoje tem seis meses, quando ainda estava grávida. Colocava diferentes sons para ela ouvir, contava histórias e outras formas de interação”, conta. Depois do nascimento, os exercícios continuaram. “Procuro estimular muito a parte motora dela. Sei que o desenvolvimento da Nicole está adiantado e acho que a estimulação faz toda a diferença.”
Para que os estímulos sejam eficientes, é importante respeitar o limite de cada criança. De acordo com Simone, os pais devem enxergar sinais de cansaço em seus filhos. “A criança vai virar a cabeça e evitar contato visual. Ela também pode bocejar ou puxar as orelhas.”

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Pais x escola
As brincadeiras e aulas na escola não substituem a interação dos pais com os filhos. Todos os cuidadores devem estar dispostos a estimular a criança. “A partir do momento que você coloca seu filho na escola não pode delegar essa função só aos professores”, sentencia Marcelo. 
Crianças que não contam com a disposição dos pais de estimulá-las normalmente se sentem sozinhas, inseguras e apresentam falta de interesse pelo meio externo, afirma Mariana. Em alguns casos, também têm dificuldade de relacionamento com outras crianças.
 “Somos tão ocupados que é fácil negligenciar os nossos filhos. Mesmo quando estamos com eles, acabamos checando nossos emails ou atendendo ligações do trabalho. Perceber a importância desse momento de interação com os filhos nos ajuda a priorizar isso em nossas vidas”, comenta Simone.

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Maya Gabeira: “O que me encanta é o desafio das ondas grandes”

No início de maio, surfista carioca de 25 anos sagrou-se pentacampeã do XXL, o “Oscar das ondas gigantes”

Bruno Capelas, iG São Paulo 
Foto: Divulgação"O surfe é um estilo de vida pra mim", diz a big rider Maya Gabeira
Não é só a seleção brasileira de futebol que é pentacampeã do mundo: no início de maio, a surfista carioca Maya Gabeira, 25, venceu pela quinta vez o XXL, premiação do esporte dedicada às ondas gigantes, na categoria “melhor performance feminina”. Pela vitória, a atleta recebeu cerca de R$ 9,6 mil, deixando para trás outras quatro competidoras - entre elas, a paulista Silvia Nabuco, de 45 anos.
Foto: DivulgaçãoMaya começou no esporte aos 15 anos, e nunca mais parou: "Amo surfar em qualquer condição"
“Foi o ano mais competitivo da categoria feminina, então foi bom ganhar e ser reconhecida de novo”, disse Maya em entrevista ao iG. Filha do ex-deputado federal Fernando Gabeira, a carioca também levou o caneco do XXL para casa em 2007, 2008, 2009 e 2010.
Maya começou a surfar aos 15 anos, no Rio de Janeiro, mas ondas gigantes vieram apenas dois anos depois. “O desafio e a sensação de uma onda enorme atrás de mim sempre me fascinou”, diz a big rider, acrescentando que é “preciso muita concentração e preparação para ir atrás das gigantes. A adrenalina e o risco são bem maiores.”
Em agosto do ano passado, a surfista passou por um susto enorme: treinando em Teahupoo, no Taiti, ela levou cinco ondas na cabeça. “O meu maior medo ali era bater a cabeça nos corais, que ficam bem rasos, e acabar apagando”, conta.
Para recuperar a confiança, a carioca começou a treinar apneia, técnica que ajuda a suspender a respiração. “Treinei muito para poder encarar a temporada do Havaí e da Califórnia, onde o perigo de afogamento existe em todos os lugares”, explica a atleta.
Na entrevista a seguir, Maya comenta a premiação e revela alguns detalhes de sua vida pessoal, como vaidade, o que gosta de fazer nas horas vagas, e como é sua relação com o pai.
iG: Como foi ganhar o pentacampeonato de melhor surfista mulher do XXL? 
Maya Gabeira:
 Foi o ano mais competitivo da nossa categoria feminina. Foi muito bom ganhar e ter meu trabalho novamente reconhecido.
iG: Por que você decidiu se especializar nesse tipo de onda?
Maya Gabeira:
 O que me encanta é o desafio da onda grande. A adrenalina e o risco a mais sempre me fascinaram. Mas eu surfo ondas normais todos os dias. Amo surfar em qualquer condição. Além disso, ondas de cinco, dez metros de altura são raras. Para manter o ritmo, tenho que estar sempre na água.
Foto: DivulgaçãoEm 2011, Maya levou cinco ondas na cabeça no Taiti: "Meu maior medo era bater nos corais e apagar"
i G; Qual é a sua praia favorita? E quais são as praias mais perigosas do mundo?
Maya Gabeira:
 A minha favorita é a de Waimea, no Havaí, onde também fica uma das praias mais perigosas que eu já surfei, Jaws. Outras praias bem perigosas são a de Mavericks, na Califórnia, e a de Teahupoo, no Taiti.
iG: No ano passado, você teve um incidente bem sério no Taiti. Como foi isso?
Maya Gabeira:
 Eu estava surfando e levei cinco ondas na cabeça. Fiquei com medo de bater nos corais que tem na praia e acabar desmaiando. Agora comecei a treinar apneia para recuperar minha confiança e encarar a temporada do Havaí e da Califórnia em paz.
Foto: Divulgação"Sou vaidosa, mas nada muito extremo. Faço hidratação no cabeleireiro, e amo usar maquiagem para sair à noite", revela a surfista
iG: Além da apneia, que você treinou bastante recentemente, como é a sua rotina de treinos?
Maya Gabeira:
 Durmo cedo e me alimento bem. Para treinar forte e ter uma performance alta é importante o descanso, por isso acabo não saindo muito a noite.
iG: E o que você gosta de fazer nas horas vagas?
Maya Gabeira:
 Estudo bastante, faço pilates, treino, mergulho, alem de amar um cineminha e um jantar com meu namorado e amigos.
iG: Que dicas você dá para quem está começando no surfe?
Maya Gabeira:
 Não desistir. O surfe é um esporte super difícil e que requer dedicação, mas que vale muito a pena. E além de tudo é também um estilo de vida.
iG: Você começou a ser profissional cedo. O que você teve de deixar de lado pela carreira?
Maya Gabeira: 
Acho que a parte mais difícil é morar longe da minha família e dos meus amigos. Quanto aos estudos, não tive problema. Hoje eu faço faculdade de jornalismo na Califórnia, onde eu moro.
iG: Você é vaidosa? Que cuidados especiais você tem consigo mesma?
Maya Gabeira:
 Sou vaidosa, mas nada muito extremo. Faço hidratação no cabeleireiro toda semana, uso cremes de rosto, cremes para o corpo e para o cabelo, além de amar usar maquiagem para sair à noite.
iG: Muita gente te conhece por ser filha do ex-deputado Fernando Gabeira. Como você lida com isso e com a trajetória dele, de militante de esquerda a político influente no país todo?
Maya Gabeira:
 Amo meu pai e tenho muito orgulho da história dele. Ele sempre foi meu maior incentivador no surfe. É uma pena que nós não nos vejamos muito, porque ele não pode entrar nos Estados Unidos. [em 1969, Gabeira participou do sequestro do embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick, e por isso não pode ir aos EUA]
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iG: E como ele lida com a sua carreira? Ele comenta alguma coisa?
Maya Gabeira:
 Ele sempre me apoiou, desde o início. Sempre quis que eu fizesse algo que eu amasse e fizesse com muita dedicação.
Foto: Divulgação"O surfe é um esporte difícil e que requer dedicação, mas vale a pena", diz Maya
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Conselho Federal de Medicina define critérios de diagnóstico de anencefalia

Aborto só deverá ocorrer após ultrassonografia detalhada e assinada por dois médicos

Agência Brasil 
A interrupção da gravidez no caso de fetos anencéfalos (malformação no tubo neural, no cérebro) só deve ocorrer depois que for feito um exame ultrassonográfico detalhado e assinado por dois médicos, segundo os critérios definidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), publicados hoje no Diário Oficial da União. A cirurgia para interromper a gravidez deve ocorrer em local com estrutura adequada, ressalta o texto. Na Seção 1 do Diário Oficial, páginas 308 e 309, estão os seis artigos e a exposição de motivos
A divulgação dos critérios ocorre 32 dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aprovado por 8 votos a 2 a autorização para a interrupção da gravidez em caso de anencefalia. O CFM criou uma comissão de especialistas em ginecologia, obstetrícia, genética e bioética para definir as regras e normas. A comissão foi criada no dia seguinte à decisão do STF.
A Resolução nº1.989, de 10 de maio de 2012, é assinada pelo presidente do conselho, Carlos Vital Tavares Corrêa, pelo secretário-geral, Henrique Batista e Silva, e pelo relator do caso, Henrique Fernando Maia.
A interrupção da gestação só será recomendada quando houver um “diagnóstico inequívoco de anecefalia”, conforme a decisão do conselho. O exame ultrassonográfico deverá ser feito a partir da 12ª semana de gravidez (três meses de gestação), registrando duas fotografias em posição sagital (que mostra o feto verticalmente) e outra em polo cefálico com corte transversal (detalhando a caixa encefálica).
Na decisão, o CFM reitera também que os conselhos regionais de Medicina (CRMs) deverão atuar como “julgadores e disciplinadores” da decisão seguindo “a ética”. Segundo a resolução, a gestante está livre para decidir se quer manter a gravidez. Caso decida levar adiante a gestação ou interrompê-la, a mulher deve ter assistência médica adequada.
A resolução é clara ainda na proibição de pressão sobre a gestante para tomar uma decisão. “Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano”, diz o texto. “O médico deve zelar pelo bem-estar da paciente.” Segundo a norma, a interrupção da gravidez só pode ocorrer em “hospital com estrutura adequada”. Não há detalhes sobre o que vem a ser uma estrutura adequada. A decisão da gestante ou do responsável por ela deve ser lavrada em ata.
Cabe ao médico, segundo a resolução, informar toda a situação à gestante, que terá ainda liberdade para requisitar outro diagnóstico e buscar uma junta médica. O profissional médico deverá ainda comunicar à grávida os riscos de recorrência de novas gestações com fetos anencéfalos e orientá-la a tomar providências contraceptivas para reduzir essas ameaças.
Na exposição de motivos, o Conselho Federal de Medicina ressalta as distinções que devem ser feitas entre interrupção da gravidez, aborto e aborto eugênico (visando ao suposto melhoramento da raça).
“Apesar de alguns autores utilizarem expressões 'aborto eugênico ou eugenésico" ou 'antecipação eugênica da gestação', afasto-as, considerado o indiscutível viés ideológico e político impregnado na palavra eugenia”, diz o texto, reproduzindo palavras do relator do processo no STF, ministro Marco Aurélio Mello.
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Departamento de Justiça processa 'xerife mais durão da América'

Joe Arpaio, do Arizona, é acusado de discriminar latinos ao rastreá-los em batidas policiais e punir presos que falem espanhol

iG São Paulo 
Foto: Leda Balbino, iG São Paulo
Joe Arpaio, xerife do condado de Maricopa, no Arizona, exibe algema rosa usada nas prisões sob seu comando (31/10/2010)
Autoridades federais processaram nesta quinta-feira Joe Arpaio, o autoproclamado xerife mais durão da América, medida rara depois que meses de negociações fracassaram em alcançar um acordo sobre alegações de que seu setor rastreava pessoas de perfil latino em patrulhas de imigração.
O Departamento de Justiça dos EUA disse que essa é a segunda vez nos 18 anos de história da agência que ela entrou com um processo. A ação legal aumenta o impasse com Arpaio e põe a disputa no caminho para ser decidida por um juiz federal.
O departamento aumentou primeiramente suas alegações contra Arpaio em dezembro, dizendo que uma cultura de descaso pelos direitos constitucionais básicos prevalecia no escritório de xerife, que cobre a área metropolitana de Phoenix, Arizona. As autoridades federais seguraram a apresentação do processo enquanto tentavam um acordo, mas as negociações fracassaram no mês passado.
Na época, Arpaio rejeitou concordar com um monitor judicial que ajudaria a fazer valer o acordo. O xerife disse que isso significaria que cada decisão política teria de passar por um observador e anularia sua autoridade.
Além do rastreamento de pessoas de perfil latino, o escritório de Arpaio também é acusado de punir presos hispânicos por falar espanhol e de fazer algumas patrulhas com base em reclamações sobre reuniões de pessoas de pele mais escura falando castelhano em determinadas áreas.
O Departamento de Justiça tentava um acordo que requeresse do escritório do xerife o treinamento de oficiais para fazer batidas de trânsito constitucionais, coletar dados de pessoas presas durante as batidas e assegurar os latinos de que o departamento também existe para protegê-los.
Arpaio é uma figura política nacional nos EUA que construiu sua reputação ao encarcerar presos em tendas e vesti-los com roupas de baixo rosas e ao vender-se para os eleitores como alguém incansável no combate ao crime. Durante sua trajetória, ele agressivamente pressionou por um papel maior para a polícia local combater a imigração ilegal, lançando desde janeiro de 2008 20 patrulhas à procura de imigrantes ilegais.
*Com AP
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