sábado, 12 de maio de 2012


Após a leve expansão em fevereiro, emprego na indústria recua 0,4% em março
 
Contingente de trabalhadores ocupados caiu em 9 das 14 áreas investigadas pelo IBGE, com destaque para São Paulo
11/5/2012 - 09:10 - Redação
 
O emprego industrial registrou um declínio de -0,4% em março, em relação a fevereiro. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE estão livres de influências sazonais.

Em relação a março de 2011 o emprego na indústria recuou 1,2%, na sexta taxa negativa seguida neste tipo de comparação. A taxa anualizada (últimos 12 meses encerrados em março) mostra um pequeno avanço de 0,2%.

Os resultados do emprego industrial nos últimos seis meses:

• Outubro: -0,4%
• Novembro: -0,1%
• Dezembro: 0,2%
• Janeiro 2012: -0,3%
• Fevereiro: 0,1%
• Março: -0,4%

Regiões - No confronto março 2012/março 2011, o contingente de trabalhadores empregados diminuiu em nove das 14 áreas investigadas. O principal impacto negativo foi observado em São Paulo (-3,2%), pressionado pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para as indústrias de produtos de metal (-14,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,3%), metalurgia básica (-16,8%), têxtil (-8,3%), papel e gráfica (-4,9%), borracha e plástico (-4,2%) e vestuário (-5,2%).

O IBGE assinala outras reduções importantes e os respectivos destaques:

• Região Nordeste: -2,4% - vestuário (-8,9%), calçados e couro (-6,7%) e têxtil (-11,7%).
• Santa Catarina: -1,4% - madeira (-15,3%), vestuário (-3,5%), produtos de metal (-9,1%) e calçados e couro (-15,6%).
• Ceará: -3,2% - vestuário (-7,6%), calçados e couro (-4,5%) e têxtil (-9,1%).
• Bahia: -3,0% - calçados e couro (-12,5%), outros produtos da indústria de transformação (-22,8%) e alimentos e bebidas (-4,7%).

Por outro lado, Paraná (3,2%) e Minas Gerais (1,9%) apontaram as principais contribuições positivas sobre o total do pessoal ocupado. Na indústria paranaense, as maiores influências vieram dos setores de alimentos e bebidas (8,8%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (37,4%); na indústria mineira, sobressaíram os ramos de metalurgia básica (7,5%), indústrias extrativas (8,6%) e produtos de metal (6,5%).

Setores – O emprego recuou em 11 dos 18 ramos pesquisados. Os destaques negativos:

• Vestuário: -6,8%
• Produtos de metal: -6,2%
• Calçados e couro: -6,5%
• Têxtil: -5,7%
• Madeira: -9,9%
• Borracha e plástico: -3,8%
• Papel e gráfica: -3,7%

Destaques positivos:

• Alimentos e bebidas: 3,3%
• Máquinas e equipamentos: 2,7%
• Indústrias extrativas: 4,5%

Horas pagas - O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 1,2% em março, em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2011, o número de horas pagas recuou 0,8%. O indicador acumulado em 12 meses indica queda de -1,5%, a sétima taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde novembro do ano passado (-1,6%).

Folha de pagamento - Em março, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria (ajustado sazonalmente) caiu 0,7% em relação a fevereiro. No confronto com o terceiro mês do ano passado, o valor da folha de pagamento real avançou 4,7%, o 27º resultado positivo nesse tipo de comparação.

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