sexta-feira, 18 de maio de 2012



Veja cidades que mais contrataram e 



que mais demitiram de janeiro a abril



São Paulo lidera o ranking, com a criação de 71.962 vagas no período.
Na outra ponta, Coruripe, em AL, foi a cidade que mais demitiu.

Do G1, em São Paulo
Comente agora
Das dez cidades brasileiras que registraram o melhor desempenho na geração de emprego formal de janeiro a abril deste ano, nove são capitais de seus respectivos estados, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) doMinistério do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (17).
São Paulo segue liderando o ranking, com a criação de 71.962 vagas acumulado do ano. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, com saldo de 29.164 vagas, seguida de Belo Horizonte, com 24.464 postos de trabalho.
A cidade de Franca, em São Paulo, é a única não capital entre as dez que mais criaram empregos. Foram 8.944 postos de trabalho a mais abertos nos quatro primeiros meses do ano.
Demissões
Coruripe, em Alagoas, lidera o ranking das cidades que mais perderam postos de trabalho, com o fechamento de 7.066 vagas nos primeiros quatro meses do ano. A cidade de Bebedouro, no interior de São Paulo, aparece em segundo lugar, com 6.505  vagas a menos; seguida de Matão, que perde 5.510 vagas.
Sete capitais aparecem no ranking das 50 cidades que mais demitiram em março: Maceió, Florianópolis, Belém, São Luís, Manaus, Fortaleza e Rio Branco.
Em todo o país, foram criados 702.059 empregos com carteira assinada nos quatro primeiros meses de 2012. Isso representa uma queda de 20,2% frente ao mesmo período do ano passado – o pior resultado para o período desde 2009.
Somente em abril, os números do Ministério do Trabalho mostram que foram criados 216 mil postos formais de trabalho, o que representa uma queda de 20,29% frente ao mesmo período de 2011. Em 2012, no entanto, abril foi o mês com melhor resultado – em março, a criação de postos ficara em 111.746.
Confira abaixo as listas das 50 cidades que mais geraram postos de trabalho em março de 2012 e as 50 que mais demitiram no período. As capitais estão em negrito.
                                                    50 CIDADES QUE MAIS CONTRATARAM DE JANEIRO A ABRIL
Cidade                                                                                     Saldo de vagas
(diferença entre contratações e demissões)
São Paulo (SP)71.962
Rio de Janeiro (RJ)29.164
Belo Horizonte (MG)24.464
Curitiba (PR)17.205
Brasília (DF)16.326
Goiânia (GO)13.541
Porto Alegre (RS)9.236
Franca (SP)8.944
Salvador (BA)8.242
Recife (PE)7.851
Campinas (SP)7.402
Santa Cruz do Sul (RS)6.178
Ribeirão Preto (SP)5.848
Uberlândia (MG)5.747
Maringá (PR)5.566
Blumenau (SC)5.371
Guarulhos (SP)5.312
Joinville (SC)5.105
Pontal (SP)5.015
Campo Grande (MS)4.716
Londrina (PR)4.487
Santo André (SP)4.475
Fortaleza (CE)4.326
Venâncio Aires (RS)4.031
Jundiaí (SP)4.015
Caxias do Sul (RS)3.872
Nova Serrana (MG)3.841
Altamira (PA)3.786
Cuiabá (MT)3.739
Jaboatão dos Guararapes (PE)3.557
Macaé (RJ)3.539
Vacaria (RS)3.363
Aracaju (SE)3.279
Queimados (RJ)3.268
Feira de Santana (BA)3.185
Itaboraí (RJ)3.129
Aparecida de Goiânia (GO)3.097
Vista Alegre do Alto (SP)3.065
Contagem (MG)3.042
Sorocaba (SP)2.988
Birigui (SP)2.962
Santos (SP)2.952
São José do Rio Preto (SP)2.930
Duque de Caxias (RJ)2.923
Santa Helena de Goiás (GO)2.862
Cascavel (PR)2.786
Juiz de Fora (MG)2.783
Araçatuba (SP)2.731
Itajaí (SC)2.671
São José (SC)2.552
                                                              50 CIDADES QUE MAIS DEMITIRAM DE JANEIRO A ABRIL
Cidade                                                                                     Saldo de vagas
(diferença entre contratações e demissões)
Coruripe (AL)-7.066
Bebedouro (SP)-6.505
Matão (SP)-5.510
Santa Rita (PB)-3.774
Rio Largo (AL)-3.626
São Miguel dos Campos (AL)-3.100
Sirinhaém (PE)-2.968
Igarassu (PE)-2.518
Rio Formoso (PE)-2.504
Colônia Leopoldina (AL)-2.308
São José da Laje (AL)-2.286
Maceió (AL)-2.227
Timbaúba (PE)-2.193
Monte Azul Paulista (SP)-2.128
Salgueiro (PE)-2.105
Campo Alegre (AL)-2.084
Goiana (PE)-2.044
Vicência (PE)-1.951
Jequiá da Praia (AL)-1.892
Igreja Nova (AL)-1.877
São Francisco do Conde (BA)-1.837
Boca da Mata (AL)-1.805
Barra de Guabiraba (PE)-1.788
Baía Formosa (RN)-1.784
Camutanga (PE)-1.761
Tamandaré (PE)-1.749
Penedo (AL)-1.710
Teotônio Vilela (AL)-1.682
Cortes (PE)-1.622
Porto Calvo (AL)-1.554
Marechal Deodoro (AL)-1.538
Bacabeira (MA)-1.522
Capela (SE)-1.479
Lagoa do Itaenga (PE)-1.437
Porecatu (PR)-1.398
Itapetinga (BA)-1.371
Sapé (PB)-1.348
Pelotas (RS)-1.348
Itapevi (SP)-1.286
Porto Velho (RO)-1.275
Barcarena (PA)-1.248
Pirassununga (SP)-1.231
Mauá (SP)-1.211
Nossa Senhora das Dores (SE)-1.208
Laranjeiras (SE)-1.187
Mamanguape (PB)-1.138
Itápolis (SP)-1.118
Joaquim Nabuco (PE)-1.117
Capão da Canoa (SR)-1.108
Mogi-Guaçu (SP)-1.096
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Touro chifra francês em arena na 



Espanha



Sebastián Castella teve a coxa direita perfurada pelos chifres do animal.
Toureiro voltou à arena mais tarde e, ainda sangrando, matou o bicho.

Do G1, em São Paulo
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O francês Sebastián Castella foi ferido durante tourada de San Isidro, na Praça de Touros de Madrid, nesta quinta-feira (17). (Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP Photo)O francês Sebastián Castella foi ferido durante tourada de San Isidro, na Praça de Touros de Madrid, nesta quinta-feira (17). (Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP Photo)
O animal chifrou a coxa direita do francês, o derrubou e tentou acertá-lo outras vezes. (Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP Photo)O animal chifrou a coxa direita do francês, o derrubou e tentou acertá-lo outras vezes. (Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP Photo)
O toureiro foi medicado e voltou à arena mais tarde. Embora ferido e sangrando, Castella matou o bicho mais tarde. (Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP Photo)O toureiro foi medicado e voltou à arena mais tarde. Embora ferido e sangrando, Castella matou o bicho mais tarde. (Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP Photo)




Facebook começa a negociar suas 



ações na Bolsa de Nova York



Rede social já tem mais de 900 milhões de usuários em todo o mundo.
Companhia foi avaliada em US$ 104 bilhões.

Do G1, com agências internacionais
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arte facebook ipo (Foto: Arte/G1)
Mais de oito anos após sua fundação, oFacebook estreia nesta sexta-feira (18) na bolsa de valores de Nova York com a sigla FB, vendendo suas ações a US$ 38. Com este valor por ação a companhia foi avaliada em US$ 104 bilhões e pode levantar pouco mais de US$ 16 bilhões no processo de oferta pública inicial (IPO, em inglês) - o maior já arrecadado por uma empresa de internet nos Estados Unidos.
O Facebook apresentou seus documentos para realizar o IPO ao órgão regulador dos mercados norte-americano no início de fevereiro. A faixa de preço inicial de ações estimada pela companhia foi de US$ 28 a US$ 35, mas o valor acabou aumentando para uma faixa de US$ 34 a US$ 38 e estabelecido no número mais alto. Nesta semana, a empresa também anunciou que oferecerá 25% a mais de ações do que havia previsto.
Durante o período, Mark Zuckerberg, o fundador e CEO da empresa, também teve que responder a críticas envolvendo a aquisição do Instagram, por US$ 1 bilhão, e da startup Glancee. O executivo foi criticado por, segundo o "Wall Street Journal", ter negociado a aquisição do Instagram por conta própria e avisado o conselho da companhia da movimentação apenas no dia 8 de abril --a compra foi divulgada na imprensa no dia 9 de abril.
Entre as instituições envolvidas na oferta do Facebook estão Morgan Stanley, JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America, Barclays e Allen & Co. O banco de investimentos brasileiro Itaú BBA também está entre os coordenadores da oferta pública inicial do Facebook.
Abertura do capital
Entenda o que é um IPO
IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial, que equivale à abertura de capital de uma empresa) é o primeiro lançamento de ações de uma empresa para o público. Por meio do IPO, é oferecida uma “fatia” da empresa a novos investidores, que passarão a ser sócios dela. Para a empresa, o objetivo é captar novos recursos.
Nessa oferta inicial, as ações são vendidas aos investidores por um preço fixado pela empresa, que é determinado por uma série de fatores, entre eles o tamanho da procura, a expectativa de lucros etc. A partir do IPO, as ações passam a ser negociadas em bolsa de valores
“O Facebook ficou muito tempo com poucas atualizações. A Timeline mudou bastante a experiência de uso, mas acho que ainda há muito a ser feito”, diz Rafael Lamardo, professode Tecnologia da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
O site "foi construído para realizar uma missão social: tornar o mundo mais aberto e conectado", diz Zuckerberg em cartaentregue junto com a documentação para estrear na bolsa.
Mas Lamardo entende que o IPO pode fazer a rede social virar refém de processos ligados ao mercado de ações e aos acionistas. “Há um controle excessivo com as empresas que atuam na bolsa. Isso faz com que esta empresa foque apenas em recursos que trazem retorno [financeiro] para os usuários”, explica.
“Até agora, o Facebook teve liberdade para criar recursos que tornaram a plataforma melhor e muitas coisas não renderam dinheiro. Mas isso fez com que a rede social estivesse muito a frente dos concorrentes. Ter acionistas olhando as ações do Facebook de perto pode ser um problema neste sentido”.
Jogos e appsA rede social deve atingir o primeiro bilhão de usuários em agosto deste ano. Mas os dados de crescimento dão sinais de que pode haver uma desaceleração. Nos últimos 3 meses de 2011, o total mensal de usuários ativos do Facebook cresceu 5,6%, contra 10,5% no mesmo período de 2010. Segundo o site Socialbakers, nesse período houve leve queda nos Estados Unidos, líder em usuários, com cerca de 156 milhões.
Da receita, 86% vieram de publicidade e 12%, da parceria com a Zynga, que faz jogos para a rede social, como o Farmville e o Cityville. Os jogos são grátis, mas, quem quiser, paga por "vantagens" especiais. O Facebook também está tentando diversificar, de olho em serviços como o de notícias, bate-papo por vídeo e aplicativos móveis, citados no documento entregue para a abertura de capital. "Pretendemos crescer nossa base de usuários continuando com ações de marketing e melhorando nossos produtos, incluindo apps, para tornar o Facebook mais acessível e útil", diz o texto.
"Para que investidores paguem o preço deste negócio, eles vão ter que ser extremamente confiantes de que o Facebook será capaz de desenvolver novos canais de receita significantes", avaliou Ryan Jacob, da Jacob Funds, também à Reuters. "As oportunidades para eles são quase infindáveis se eles entregarem isso", acrescentou.
Brasil na miraO Brasil é citado no documento que o Facebook entregou para a abertura de capital logo na parte em que a empresa explica sua estratégia para crescer. O primeiro item é expandir a comunidade de usuários no mundo, "incluindo mercados pouco explorados e grandes como Brasil, Alemanha, Índia, Japão, Rússia e Coreia do Sul".
Em 2011, a rede social cresceu 192% no Brasil, e passou o Orkut em número de usuários, segundo pesquisas do Ibope e da comScore, que registrou 36,1 milhões de visitas para o site vindas do país em dezembro passado. Emergente também no Facebook, o país é o 4º no ranking de usuários da rede social no mundo, perdendo só para os EUA, Índia e Indonésia, diz o Socialbakers.
Os futuros milionáriosAté agora, o Facebook rendeu uma fortuna estimada em US$ 17,5 bilhões a Zuckerberg. Aos 27 anos ele está em 52º lugar na lista dos mais ricos da revista "Forbes", que o aponta como o 9º entre os 70 mais poderosos do mundo, atrás somente de estadistas, do Papa Bento XVI, do presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke, e do fundador da Microsoft, Bill Gates.
Zuckerberg propos reduzir seu salário de US$ 500 mil para US$ 1 em 2013, mas continuará a ser compensado com o rendimento de suas ações da companhia, que seriam cerca de 28%.
Veja quem mais deve ganhar com o IPO do Facebook:
sheryl facebook (Foto: AP)Sheryl Sandberg (Foto: Arquivo/AP)
- Sheryl Sandberg, de 42 anos, saiu doGoogle para o Facebook em 2008. Formada em Harvard, como Zuckerberg, é a chefe de operações da empresa. No ano passado, recebeu cerca de US$ 31 milhões. Ela teria cerca de 1% das ações da companhia.

- Peter Thiel: Primeiro grande investidor externo do Facebook, o bilionário tem 44,7 milhões de ações que poderão passar a valer mais de US$ 2 bilhões.

bono u2 (Foto: Flavio Moraes/G1)Empresa de Bono investiu (Foto: Flavio Moraes/G1)
Bono: Até o cantor, vocalista do U2, por meio de sua Elevation Partners, pode lucrar com a entrada da rede social na bolsa. A empresa pagou US$ 120 milhões por uma fatia do Facebook em 2010.


funcionários facebook (Foto: Reuters)Funcionários do Facebook na nova sede,
na Califórnia (Foto: Reuters)
- Funcionários: O Facebook também usa ações como forma de remuneração de seus funcionários. Segundo a Reuters, pode haver mais de 1 mil pessoas destinadas a receber mais de US$ 1 milhão em ganhos quando a empresa abrir seu capital.


David Choe recebeu ações do Facebook para pintar a primeira sede da rede social na Califórnia (Foto: Reprodução/The New York Times)O grafiteiro David Choe
(Foto: Reprodução/The New York Times)
- David Choe: O grafiteiro foi pago com ações para decorar o escritório de Zuckerberg, na primeira sede da empresa, em 2005, e poderá entrar para o time de milionários. Segundo o jornal “The New York Times”, David Choe deve receber US$ 200 milhões com a estreia da rede social no mercado de ações. Ele poderá ganhar a mesma quantia que o artista Damien Hirst, que teve sua pintura leiloada por US$ 200 milhões, em 2008, pela Sotheby, um recorde para a casa de leilões.


História
O Facebook foi fundado em fevereiro de 2004 nos dormitórios dos alunos na Universidade de Harvard por Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro Eduardo Saverin que, de acordo com o livro "O Efeito Facebook", ainda possuiria 5% da empresa após disputa judicial. Já no meio de 2004, a rede social recebeu sua primeira rodada de investimentos, feita por Thiel, no valor de US$ 500 mil. O nome inicial do site era Thefacebook.
Atualmente a empresa tem sua sede em Menlo Park, na Califórnia, e 3.200 funcionários.
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Veja perguntas e respostas sobre o 



lançamento de ações do Facebook



Papeis da empresa devem começar a ser negociados em bolsa nesta sexta.
Para comprar ações, é preciso ter conta nos EUA – e bastante dinheiro.

Fabíola GleniaDo G1, em São Paulo
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arte facebook ipo (Foto: Arte/G1)
A estreia do Facebook no mercado de ações, com a abertura de capital (lançamento inicial de ações, IPO, na sigla em inglês), vem causando barulho há algum tempo. O início de negociação dos papeis é esperado para esta sexta-feira (18), na bolsa norte-americana Nasdaq.
Diante do interesse – e, principalmente, das dúvidas – que o processo desperta, o G1preparou respostas para os principais pontos da operação, com a ajuda do professor de Política e Economia das Faculdades Rio Branco, Carlos Stempniewski; e do analista internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira. 
Quantas ações estão sendo colocadas no mercado?
A companhia ofereceu 421,2 milhões de ações ordinárias classe A, que dão direito a um voto. A empresa pode ainda colocar à venda outras 63 milhões de ações, e os investidores terão 30 dias para demonstrar interesse em comprá-las.
O Facebook tem duas classes de ações ordinárias: classe A e classe B. As ações classe A darão direito a um voto, enquanto as classe B – que não estão sendo colocadas no mercado – darão direito a dez votos e podem ser convertidas em uma ação classe A.
De acordo com o prospecto do IPO, registrado na Comissão da Bolsa de Valores dos EUA (SEC, na sigla em inglês), os detentores das ações classe B deterão cerca de 95,9% do poder de voto do capital social do Facebook em circulação após o IPO.
O fundador, presidente e CEO, Mark Zuckerberg, irá realizar ou terá a capacidade de controlar cerca de 55,8% do poder de voto do capital social em circulação após a oferta.
A quem pertencem essas ações?
180 milhões de títulos pertencem à própria empresa, e outros 241,2 milhões pertencem aos atuais acionistas do Facebook.
Qual é o preço da ação?
Nesta quinta-feira (18), o Facebook anunciou que os papeis serão vendidos a US$ 38, no topo da estimativa. Com isso, o IPO deve render cerca de US$ 16 bilhões para o Facebook e para os acionistas que estão vendendo seus papéis. Isso colocará a empresa como o terceiro maior IPO da história dos Estados Unidos, segundo a Renaissance Capital. A oferta inicial também poderá ser a sétima maior do mundo.
A definição do preço é feita pela própria empresa e não segue, necessariamente, critérios técnicos. “É uma avaliação muito subjetiva, são critérios que a área financeira estabelece de valorização da empresa”, diz Carlos Stempniewski, professor de Política e Economia das Faculdades Rio Branco.
Quem pode comprar as ações do Facebook?
“Neste primeiro momento, quem pode comprar é quem tem relação com o Goldman Sachs”, resume Stempniewski. “Seguramente, grandes investidores brasileiros e fundos de private equity têm relacionamento habitual com o Goldman Sachs, estão lá já há meses e reservaram sua parte. O comprador miúdo não vai ter acesso a este tipo de papel num primeiro momento.”
A reserva é um pedido formal que o interessado faz na instituição financeira responsável pelo processo. “O investidor preenche um formulário, tem uma série de requisitos e é algo irrevogável. Se pede para comprar 100 mil, tem que comprar 100 mil. Pode receber menos, mas o que pediu tem que honrar”, afirma o professor das Faculdades Rio Branco.
O fato de o investidor ter feito a reserva, no entanto, não garante que vá receber. “Depende da relação que tem com o banco, da antecipação com que fez a reserva, entre outros fatores.”
Em teoria, a reserva de ações pode ser feita até o momento final antes da abertura de capital, mas há o risco de não ter mais oferta do papel.
O que ocorre quando há mais interessados do que ações em oferta?
O banco responsável pelo IPO define os critérios de distribuição das ações, conforme explica o professor Carlos Stempniewski. “Neste caso específico, o Goldman Sachs vai decidir.”
Segundo o professor, o banco pode estabelecer como critério o prazo com que o cliente fez a reserva de ações, ou pode optar pela questão da importância do investidor para o banco. Há, ainda, a opção de aumentar o volume de ações ofertadas. “É um critério subjetivo do banco que está liderando a ação.”
Quando um banco de investimentos assume um processo como este, ele dá garantias para a empresa que está abrindo seu capital de que vai vender a totalidade das ações. “A instituição garante que se ninguém comprar, ela compra. O Goldman Sachs, quando fechou a operação, deu garantia que venderia todas as ações. Isso acontece com todos os IPOs.”
É comum, inclusive, que as instituições reservem uma parte das ações para elas, lembra Stempniewski.
Como comprar as ações?
Jason Vieira, analista internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, explica que o investidor brasileiro não consegue comprar ação diretamente na bolsa dos EUA. “Precisa ter uma conta nos Estados Unidos, com dinheiro depositado lá e fazer a compra por meio de uma corretora – que esteja, neste caso, participando do processo. Depois, precisa pedir para entrar na reserva de ações do Facebook. Do mercado local não dá mais para participar”, diz.
Stempniewski reforça que é preciso checar qual é a instituição financeira líder dentro do processo, para procurá-la e manifestar o desejo de participar do IPO. Em primeiro lugar, o investidor faz a reserva e, assim que a empresa estabelecer o valor da ação, ele subscreve – traduzindo: exerce o direito de compra. "Normalmente é feito por meio de uma ordem de pagamento."
Em seguida, o banco que está fazendo esta operação distribui a ação pelo novo grupo, ou seja, os compradores são nominados e, assim que o pregão tem início, a ação pode ser negociada. “Informam as pessoas quantas ações subscreverem e, a partir daí, pode movimentar livremente", diz o professor.
“No caso do Facebook, do Google também, fazem lotes de ação muito grandes, tem que investir US$ 1 milhão, US$ 2 milhões. O banco que está fazendo o lançamento prefere negociar grandes lotes, com grandes investidores, para não perder muito tempo. Em vez de fazer um IPO ‘quebrado’ em mil ações, é preferível ter 500 grandes investidores.”
Uma alternativa mais viável para os brasileiros interessados nas ações do Facebook, segundo Jason Vieira, seria comprar por meio dos chamados Brazilian Depositary Receipts (BDRs). “São recibos de ações que são operadas lá fora e que podem ser comprados no Brasil. Só que normalmente só podem ser comprados por investidores qualificados – que investem acima de R$ 1 milhão”, diz Vieira.
No caso das BDRs, no entanto, a compra não poderia ser feita já no início das negociações.
Ainda dá tempo de participar do IPO?
O professor das Faculdades Rio Branco diz que, além da não dar mais tempo, o interessado também não vai encontrar ação para comprar. “Tem muita gente no Brasil que tem conta nos Estados Unidos, que compra ações na bolsa regularmente, mas neste momento não tem mais. (...) Só vai poder entrar na ‘repescagem’, na segunda rodada, aí provavelmente vai comprar mais caro.”
Quais as chances de ficar milionário comprando ações do Facebook?
Diante do frisson que a abertura de capital do Facebook vem causando – e dos números milionários em torno dela –, alguns podem imaginar que esta é a chance de fazer dinheiro fácil, mas o analista internacional Jason Vieira faz questão de reforçar que o mercado acionário não é “um celeiro maravilhoso de ganhos infinitos”.
“As pessoas não têm esta visão de que bolsa é um investimento de risco. O IPO do Facebook não é para amadores. Se a pessoa pensa em colocar a ação no longo prazo na sua carteira, então pode estar no caminho certo. (...) A época de rendimento de 5% ao mês acabou.”
Para Stempniewski, vale a lei dos grandes números. “Nestes acontecimentos, ganha dinheiro se tiver capital. Quem tem R$ 10 mil, se valorizar 10% no dia, ganha R$ 1 mil. E ações são voláteis, muito sujeitas a intempéries.”
Quanto vai valer o Facebook após o IPO?
Com o valor fechado para a oferta de ações, a rede social foi avaliada em mais de US$ 104 bilhões.
Como determinar o valor de mercado de uma empresa que produz bens intangíveis?
“O valor de uma empresa é proporcional à capacidade dela de geração de resultado para o acionista”, resume Carlos Stempniewski. E aí reside uma das críticas – quiçá dúvidas – do mercado em relação ao Facebook.
“Vamos supor que o Facebook fature US$ 5 bilhões em 2012, sendo muito otimista. Acontece que estes US$ 5 bilhões têm que cobrir custos, funcionários, segurança, equipamentos, então, destes US$ 5 bilhões sobram 20%. Portanto, US$ 1 bilhão seria o resultado de uma empresa que vale, segundo eles, US$ 100 bilhões. Isso é muito pouco, 1% de retorno. Por isso que as pessoas dizem que uma empresa que consegue dar resultado líquido de US$ 1 bilhão não pode valer US$ 100 bilhões.”
Quão mais rico vai ficar Mark Zuckerberg após o IPO?
Estima-se que Zuckerberg detenha pouco mais de um quinto da companhia – ou 20%, de acordo com David Kirkpatrick, autor de "The Facebook Effect". Portanto, se o Facebook valer US$ 100 bilhões, como a própria empresa afirma, Zuckerberg teria algo como US$ 20 bilhões após o IPO.
Para fazer uma comparação, Jason Vieira cita Carlos Slim, considerado o homem mais rico do mundo – cuja fortuna é estima em torno de US$ 70 bilhões. “Ele vai ficar bem rico, vai subir ainda mais no ranking dos milionários.”
Como a variação cambial pode afetar um investimento em ações fora do país?
Neste momento, a disparada do dólar seria benéfica para o investidor brasileiro, diz o analista da Cruzeiro do Sul Corretora. “Mas parte desta alta do dólar se chama crise grega, portanto não há garantias de que este processo seja duradouro, por mais que o governo esteja fazendo intervenções. O investidor pode ganhar num momento inicial, mas também pode perder”, explica Vieira.
“Tem que ter outra visão: tem investimento lá fora, é um investimento em bolsa, então, esquece dele. Tem que se preocupar se for realizar o lucro. No momento em que for vender as ações é que tem que analisar o cenário.”
O sucesso do IPO do Facebook pode atrair os jovens para o mercado acionário?
Para Jason Vieira, isso não deve acontecer, pelo menos em relação ao jovem brasileiro. Opinião parecida com a do professor Stempniewski. “Acho que o jovem hoje está tão conectado no Facebook que está desconectado desta realidade econômica, financeira.”
Com um cenário de economia instável, a estreia do Facebook na bolsa neste momento pode ser considerada um sucesso?
“É um caso de sucesso”, resume o professor das Faculdades Rio Branco. “Uma empresa tão jovem, vai ser o segundo ou terceiro IPO que envolve um volume tão grande.”
Dá para comparar a trajetória do Facebook, com relação à estreia em bolsa, à de alguma outra empresa?
Para Jason Vieira, o IPO do Google também causou barulho, e o da Apple gerou “um pós-barulho”, mas Stempniewski acha que, dentro do setor de comunicações e de tecnologia, a trajetória do Facebook é disparada a maior entre seus pares. “Esse valor de mercado é maior do que a HP e a Dell juntas. É muito grande.”
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Conheça o brasileiro cocriador do 



Facebook que lucrará com o IPO



Eduardo Saverin é definido como 'ingênuo' por autor de livro.
Ações do Facebook começam a ser negociadas nesta sexta-feira (18).

Amanda DemetrioDo G1, em São Paulo
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Perfil de Eduardo Saverin no Facebook (Foto: Reprodução)Perfil de Eduardo Saverin no Facebook
(Foto: Reprodução)
Eduardo Saverin diz no Facebook que sua cidade natal é Miami, na Flórida, mas o jovem que ficou conhecido pelo seu envolvimento na fundação do Facebook é brasileiro. Nascido em São Paulo, sua família se mudou para os Estados Unidos nos anos 1990, segundo biografia escrita pela “Forbes”. Agora, com a estreia do Facebook na bolsa de valores, Saverin pode se tornar um dos brasileiros mais ricos do mundo.
O brasileiro é definido como "ingênuo, porém muito legal e inteligente" por Ben Mezrich, que o entrevistou para escrever o livro "Bilionários Acidentais", em que se baseou o filme "A Rede Social". "Nós nos falamos por cerca de seis meses, mas ele cortou qualquer contato comigo após fechar um acordo com o Facebook", contou Mezrich ao G1.
Não há dado oficial sobre o quanto Saverin detém no Facebook, mas o livro “Efeito Facebook”, de David Kirkpatrick, afirma que ele ficou com 5% da companhia após o fim da briga na Justiça entre o brasileiro e Zuckerberg, atual CEO da companhia e detentor de 28% dela -- o acordo citado por Mezrich.
Se o brasileito ainda tiver 5% do Facebook, ele poderá faturar algo como US$ 5,2 bilhões com a entrada da rede social na bolsa de valores, já que a empresa foi avaliada em US$ 104 bilhões.
Apesar disso, especula-se que ele tenha vendido parte de suas ações para investir em novas empresas – segundo a “Forbes”, isso permitiu que ele investisse em companhias de tecnologia em estágio inicial como a Qwiki ou a Jumio. Outro fator que leva a acreditar que ele detenha menos de 5% da rede social é o fato de o brasileiro ter ficado de fora dos documentos enviados pelo Facebook para o início de venda de ações na bolsa – os papeis detalham os principais acionistas da companhia.
Em setembro de 2011, Saverin já era avaliado pela “Forbes” como dono de um patriônio líquido de US$ 2 bilhões – antes da oferta inicial de ações do Facebook. Hoje com 29 anos, ele mora em Cingapura e já figura na lista da “Forbes que traz as 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos” -- ele foi naturalizado norte-americano, mas recentemente renunciou à cidadania.
O envolvimento de Saverin com o Facebook começou logo na criação da rede social, no início de 2004, quando o brasileiro e o fundador Mark Zuckerberg eram colegas em Harvard.
Segundo o livro “Bilionários Acidentais”, de Mezrich, foi o brasileiro quem fez o investimento inicial necessário para iniciar as operações da empresa. O “Bilionários Acidentais” foi uma das únicas publicações sobre o assunto que conseguiram falar com Saverin sobre a conturbada fundação do site, mas não conseguiu entrevistar Mark Zuckerberg.
Os atores Andrew Garfield (à esquerda) e Jesse Eisenberg no filme "A rede social". Garfield interpretou Saverin na obra (Foto: Divulgação/Columbia Tristar Marketing Group)Os atores Andrew Garfield (à esquerda) e Jesse Eisenberg no filme "A rede social". Garfield interpretou Saverin na obra (Foto: Divulgação/Columbia Tristar Marketing Group)
"Eu recebi um e-mail de um cara de Harvard dizendo que era amigo do Eduardo. Ele me disse que o Saverin tinha lido meus livros e queria falar comigo. Nós nos encontramos em um bar em Boston e ele começou a me contar essa história maravilhosa da origem do Facebook", contou Mezrich, o autor do livro. "Nós falamos no meu escritório, em bares, até em Vegas. O Saverin, na verdade, namorou uma das melhores amigas da minha esposa."
De acordo com a obra, em um momento inicial, Saverin seria o responsável pelo setor financeiro, enquanto Zuckerberg ficaria com a parte de programação e manunteção da rede social. Mas a história tomou outro rumo quando o CEO do Facebook decidiu largar as aulas em Harvard, onde Saverin também estudava, para montar sua companhia no Vale do Silício, do outro lado dos Estados Unidos.
Na Califórnia, Zuckerberg acabou se desentendendo com Saverin em uma briga que foi retratada no filme. "Na minha opinião, o Zuckerberg ferrou o Saverin para o tirar da companhia. Então, o brasileiro quis contar o lado dele da história. Quando falou comigo, ele estava muito bravo com o Zuckerberg", contou Mezrich.
Apesar de ser baseado em entrevistas, o CEO do Facebook disse considerar o filme como uma obra “ficcional”. “O filme foi claramente feito para ser uma peça de entretenimento, e não um documentário baseado em fatos”, afirmou Saverin, mais tarde, ao falar sobre o filme.
A disputa entre os dois chegou aos tribunais e assim permaneceu de maneira silenciosa até que, em janeiro de 2009, surgiram rumores na mídia especializada que os dois haviam chegado a um acordo.
Estou em um ponto da minha vida em que posso fazer o que amo. O Facebook foi algo grande e vai continuar sendo
Eduardo Saverin, cofundador do Facebook
Com uma fatia da companhia e interesse em seu crescimento, Saverin raramente fala sobre o Facebook e busca focar em seu trabalho como investidor-anjo de novas startups – empresas de tecnologia em um estágio inicial. “Estou em um ponto da minha vida em que posso fazer o que amo, o que acaba por ajudar outros empreendedores. O Facebook foi algo grande e vai continuar sendo”, disse em janeiro de 2011, em uma entrevista ao “New York Times”.
Entre os principais investimentos de Saverin está a Qwiki, uma enciclopédia que fornece vídeos e apresentações para as pesquisas feitas pelos usuários. Ele também colocou dinheiro em uma empresa chamada Jumio, que faz tecnologia para pagamentos on-line ou em celulares.
Com a vida estampada em filmes de Hollywood, Saverin também atraiu a atenção dos sites de fofoca. O “Mail Online” relatou, em agosto de 2011, que o brasileiro gastou US$ 50 mil em champange durante uma festa com a presença de várias modelos em Saint-Tropez, na França.
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Veja mentiras comuns em currículos e 



como elas são descobertas



Candidatos costumam mentir sobre formação, cursos e experiência. 
Especialistas dizem que existem métodos para descobrir falsas informações.

Marta CavalliniDo G1, em São Paulo
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Informações falsas ou exageradas nos currículos são prejudiciais tanto para o candidato, que acaba sendo desmascarado e eliminado da seleção, como para as empresas, pois tornam os processos seletivos mais demorados e mais caros. Recrutadores ouvidos pelo G1dizem é possível detectar as mentiras na entrevista ou no momento de checar as informações com as referências apresentadas pelo candidato.

O hábito de maquiar qualificações para conseguir uma colocação no mercado de trabalho pode custar até mesmo cargos de alto escalão, como ocorreu no grupo americano Yahoo. No último domingo (13), a empresa comunicou a saída do diretor geral Scott Thompson, após ele ter sido acusado por um dos principais acionistas do grupo de ter incluindo entre as informações um falso diploma em ciências da computação (veja mais informações no vídeo do Bom Dia Brasil acima).
Veja no que os candidatos mais mentem
1º) Formação acadêmica
2º) Fluência em idioma estrangeiro
3º) Falsa experiência na área
4º) Acréscimo de atribuições no cargo anterior
5º) Supervalorização dos últimos cargos
6º) Salário anterior
7º) Tempo de permanência na última empresa
8º) Diploma em curso de informática
9º) Participação em trabalhos voluntários
10º) Garantia de mobilidade e flexibilidade
11º) Estado civil
12º) Idade
Fonte: Trabalhando.com
“Já aconteceu de buscarmos um profissional com inglês fluente e na hora que ele precisou fazer uma entrevista no idioma por telefone com alguém da matriz da empresa não conseguiu se comunicar minimamente. Isso é constrangedor tanto para o entrevistador quanto para o próprio candidato”, afirma Renato Grinberg, diretor-geral da Trabalhando.com e autor do livro “A estratégia do olho de tigre”.
Segundo ele, mentir pode trazer problemas graves para o entrevistado. “Em alguns casos um recrutador pode aprovar um candidato que não tenha todas as qualificações exigidas para a vaga com a ideia de que ele possa desenvolver tal habilidade. Porém, se descobrir uma mentira, esse candidato será não só eliminado do processo seletivo em questão, mas de qualquer outro processo daquela empresa”, explica.
De acordo com pesquisa realizada pela Trabalhando.com, as mentiras que os candidatos mais contam se referem aos seguintes assuntos, em ordem decrescente de importância: formação acadêmica, fluência em idioma estrangeiro, falsa experiência na área em que deseja atuar, acréscimo de atribuições no cargo anterior, últimos cargos supervalorizados, salário anterior, maior tempo de permanência na antiga empresa, curso de informática, participação inexistente em trabalhos voluntários, garantia de mobilidade e flexibilidade, estado civil e idade.
Outra pesquisa, realizada pela empresa de recrutamento especializado Robert Half, revela que para 42% dos executivos responsáveis por recrutamentos, os candidatos exageram nas informações do currículo. As experiências profissionais atuais e anteriores apresentam o maior índice de exagero nas informações (48%). Os outros pontos nos quais os candidatos mais exageram são o conhecimento de línguas (46%) e as razões de deixar o trabalho atual/antigo (42%). Ao mesmo tempo, o levantamento mostra que o primeiro ponto de atenção dos executivos ao receber um currículo recai sobre a experiência profissional (36%), seguido das qualificações profissionais (29%).
Selo de autenticidade
De olho no “mercado de informações falsas em currículos”, uma empresa criou um selo de autenticidade. A empresa de recursos humanos Currículo Autêntico, especializada em auditorias de títulos e competências de currículos, utiliza uma ferramenta de apuração para verificar se as informações fornecidas são verdadeiras. Por enquanto, o serviço é oferecido apenas a candidatos interessados em obter o selo de autenticidade para seus currículos.

Eles se cadastram no site, submetem o currículo ao processo de auditoria, disponibilizam os documentos que comprovam os títulos, indicam os nomes e telefones que chancelam as competências. Mas o serviço é pago: R$ 99 pela autenticação, válida por um ano. Por cada atualização durante este ano, o candidato paga R$ 12,90. Os sociofundadores são filiados à Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional do Rio de Janeiro.
“De cada dez currículos que chegam às empresas, quatro têm informações supervalorizadas e outros dois têm dados falsos. Se um currículo é autêntico tem prioridade e economiza tempo e dinheiro às empresas”, diz o sociofundador Leonardo Rebitte. A empresa pretende futuramente oferecer o serviço para as empresas, auditando os currículos recebidos.
Veja o ranking das mentiras mais comuns e como elas podem ser desmascaradas
1 - Idiomas
Alguns profissionais entendem que colocar a língua estrangeira no currículo é essencial para serem chamados para a entrevista. Mas um simples teste oral na hora da entrevista ou logo nos primeiros meses após ser contratado revelam a mentira.
2- Cursos
Profissionais citam cursos que foram realizados dentro da empresa onde trabalhavam, porém, ao buscar evidências, seja através de certificados ou entrando em contato diretamente com a empresa citada, nota-se que não foi bem assim.
3- Formação
É comum a colocação de títulos de graduação ou pós-graduação concluídos, quando na verdade os cursos ainda estão sendo realizados ou foram trancados. O que não é muito comum, mas também ocorre, é a falsificação de títulos e certificações. Ao checar as informações com as instituições de ensino, constata-se a mentira.
4- Competências
Muitos profissionais supervalorizam qualidades e atribuições como “coordenei e gerenciei recursos e fornecedores”, mas na verdade participavam apenas como convidados ou ouvintes. Um telefonema para a antiga empresa revela que não é verdade.
5- Período em que trabalhou para a empresa
É unânime entre recrutadores olhar quanto tempo um profissional permaneceu em uma determinada empresa para saber se trata-se de um profissional problemático ou assediado por outras empresas, seja por maiores salários ou novos desafios. No ponto de vista dos profissionais, mentir sobre o tempo que dedicou a uma única empresa é sinônimo de estabilidade, logo, pode ser visto como uma pessoa não problemática. Mas isso pode ser checado com a antiga empresa.
6- Motivos de saída da empresa
Para o recrutador, conhecer o motivo pelo qual um profissional saiu da empresa é relevante para entender os objetivos e personalidade do candidato. O que geralmente acontece é o profissional ter sido demitido, e na entrevista, diz que saiu por livre e espontânea vontade. Mas isso pode ser checado com a antiga empresa por meio de um telefonema.
7- Salários 
"Vou jogar o valor para cima para cair na hora da negociação". Os profissionais precisam entender que o currículo é cronológico e leva consigo o histórico da vida profissional, não adianta mentir sobre o quanto ganhava na empresa anterior se o salário não constar em carteira. Os recrutadores entram em contato com o RH que o contratou anteriormente.
8- Referências
Referências são utilizadas para checar a veracidade das competências que estão no currículo. Mas geralmente essas referências são amigos de trabalho ou parentes, o que enfraquece como prova, pois pode ter sido previamente combinado. As empresas podem entrar em contato com o setor de recursos humanos da empresa antiga ou pesquisar referências em sites de carreira como o LinkedIn.
9- Endereço
Algumas empresas têm preferência por regionalizar seus profissionais para reduzir custos. Sabendo disso, alguns profissionais adquirem serviços em casa de amigos e parentes para obter um comprovante de endereço que seja aceito pela empresa. Mas a mentira pode vir à tona após a contratação do empregado e causar sua demissão.
10- Idade, filhos e estado civil
Os profissionais entendem que algumas empresas com cargos que demandam viagens nacionais e internacionais preferem e priorizam certos tipos de perfil. Mas documentos pessoais podem desmentir as informações fornecidas.
Fonte: Currículo Autêntico
Ana Guimarães, gerente da divisão de mercado financeiro da Robert Half, diz que o entrevistador não desconfia de tudo que é falado durante a entrevista, mas os exageros e as mentiras podem ser flagrados nas respostas dos candidatos. “Se perguntamos a carteira de clientes e a pessoa não sabe dizer, algum problema tem, se fala que é um bom líder e não sabe dar exemplos de ações estratégicas, dificilmente ele seria um bom gestor, se a vaga exige inglês e ele não sabe desenvolver uma conversa no idioma, já sabemos que não é fluente”, exemplifica.
De acordo com ela, dependendo da vaga a ser preenchida, os exageros e as mentiras descobertos na entrevista costumam eliminar os candidatos tanto quanto a falta de qualificação.
“Os exageros são fatores cruciais na eliminação do candidato. Querer se vender demais, dizer que faz e acontece causam desconforto na entrevista. E tudo é checado. Além disso, o corpo fala, dá para perceber a mentira pela tensão, movimentação maior na cadeira, a postura, as mãos inquietas. A pessoa que não tem nada para esconder conta tudo de forma espontânea”, afirma.
Ela diz que não há nenhum tipo de exclusão pelo currículo. “Nós olhamos principalmente a formação acadêmica, a experiência e o tempo de estabilidade nas empresas”, diz. Segundo ela, se o currículo mostra que o candidato pulou muito de uma empresa para outra em pouco espaço de tempo “acende a luz amarela”. “Aí na entrevista vamos verificar o motivo de transição entre as empresas e pedimos referências para comprovar as informações repassadas”, diz.
Ana afirma que é possível ainda verificar a veracidade de cursos realizados pelo tempo de duração e também pela idade do candidato, por exemplo. “Vale mais colocar no currículo uma pós-graduação ou um MBA bem feitos do que 10 cursos que não agregam muito. Tem que deixar o currículo com qualidade”, diz Ana.
Soluções recomendadas
Renato Grinberg orienta que o candidato deve buscar suprir a deficiência que ele julgou ter em seu currículo em vez de mentir. “Imagine que as vagas para as quais você concorre requeiram inglês fluente, mas você só sabe o básico. Colocar no currículo que possui conhecimento avançado não é uma boa ideia, pois será desmascarado facilmente pelo entrevistador. Você não poderá colocar essa falsa informação a vida inteira, então encare isso como uma oportunidade que bate à sua porta. Faça o curso e dedique-se”, diz.
Outra dica de Grinberg é ressaltar os pontos mais relevantes no currículo, adaptando-o para cada vaga. Caso o emprego seja para vendas, por exemplo, e a maior qualidade seja relacionamento interpessoal ou habilidade de persuasão, essa é a primeira coisa que deve ser destacada no resumo profissional, abaixo dos dados pessoais. “Mesmo que não tenha experiência, deixe claro que tem força de vontade e capacidade para tal”. Segundo ele, se o candidato achar que a pós-graduação é mais relevante para o cargo do que a experiência em outra área, o curso deve vir primeiro, após o tópico formação profissional.




Feira de educação exibe software que 



ensina química e biologia em 3D



Inovações tecnológicas são apresentadas na Educar, que termina sábado.
'Objetivo da tecnologia é buscar atenção da criança', diz especialista.

Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
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Software permite que a imagem seja aproximada com o comando feito pelas mãos (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)Software permite que a imagem seja aproximada com o comando feito pelas mãos (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)
Com um óculos 3D é possível ver os efeitos do antibiótico dentro do organismo, sua briga contra a bactéria, ou ainda, analisar as artérias dentro do coração partido ao meio. Um outro equipamento simula um laboratório de química virtual, onde a água se mistura a outros elementos químicos e vira uma experiência que pode ser refeita muitas vezes sem quebrar ou sujar nada. Há também a opção de analisar o esqueleto humano projetado em uma tela acoplada a um aparelho que responde ao comando das mãos. Basta um movimento com os indicadores e polegares para que a imagem ganhe um zoom. 
As inovações tecnológicas estão expostas na 19ª edição da feira Educar Educador que ocorre até este sábado (19), em São Paulo. O evento reúne novidades na área de educação com standes e palestras sobre diversos temas (veja outras novidades na reportagem ao lado).
A tecnologia é um dos destaques da feira, como a sala de cinema 5D, onde além da profundidade das imagens, com cores e sons, é possível sentir o vento e a chuva, conforme a projeção na tela. Nesse caso, segundo o diretor administrativo da 3D Education, Frank Azulay, trata-se de uma brincadeira do que pode ser criado no futuro. De acordo com Azulay, ainda não há conteúdos pedagógicos disponíveis em 5D, e atualmente o que se encontra no mercado está no ramo de entretenimento.
Os conteúdos para projeção em 3D já são realidade. Os produzidos pela 3D Education atingem estudantes das séries finais do ensino fundamental até o ensino superior. Segundo Azulay, cerca de 150 escolas de todo o país compraram o software que tem custo mensal de R$ 2.000. Há programas que rodam tanto em salas especiais ambientalizadas como se fossem cinemas com uso de óculos especiais (chamados de estereoscópicos) quanto em lousas digitais que dispensam o uso do óculos (monos). A empresa possui mais de 2.500 aulas de matemática, física, biologia e química.
"O programa não dispensa a presença do professor. Pelo contrário, a ideia é somar e potencializar o aprendizado dos estudantes", afirma Azulay.
Fim das lousas digitais
A P3D lançou na feira o software movido a gestos. Com ele é possível visualizar os órgãos de uma carpa com um comando feito com a mão direita para cima. Para funcionar é preciso aliar um telão a um aparelho chamado kinect que visualiza os movimentos. A empresa disponibiliza 1.000 modelos interativos (espécie de aulas) de biologia, geografia, química e física. Nos modelos não há texto ou som, apenas uma trilha sonora para ajudar na imersão do aluno. O custo é de R$ 1.500 mensais.
Corpo humano projetado recebe os comandos gestuais (Foto: Mauricio Burimb/ Divulgação)Corpo humano projetado recebe os comandos gestuais (Foto: Mauricio Burimb/ Divulgação)
Para Mervyn Loweo, da P3D, o lançamento de software como esse representa o fim da lousa digital, mas não da tradicional, manipulada com giz ou pincel atômico. "Em até cinco anos a lousa digital deve sair do mercado porque vai estar embutida no hardware. Agora a tradicional sempre vai existir porque o professor durante uma explanação faz a anotação de uma fórmula, de uma definição e para isso não precisa de tecnologia."
Loweo afirma que mesmo com o amparo da tecnologia o papel do professor continua sendo fundamental dentro da sala de aula. Segundo ele, o objetivo da tecnologia na educação é o de buscar a atenção da criança para passar o conhecimento. "O nosso software usa as mãos, é gestual e mais lúdico. Toda criança quer mexer, e esse é o propósito."
Sala de tecnologia 5D onde é possível sentir vento e água (Foto: Mauricio Burimb/ Divulgação)Sala de tecnologia 5D onde é possível sentir vento e água (Foto: Mauricio Burimb/ Divulgação)
19ª Educar - Feira e Congresso Internacional de Educação
Local: Centro de Exposições Imigrantes, Rod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo.
Data: até sábado (19 de maio)
Horários: quarta-feira das 15h30 às 19h30; quinta-feira das 8h30 às 18h30; sexta-feira das 8h30 às 19h; sábado das 8h30 às 18h30.
Ingressos: a feira é aberta ao público, os seminários requerem inscrição.




Conar pede retirada de campanha de 



lingerie em favela pacificada



Conselho decidiu pela suspensão após reclamações de consumidores.
Campanha foi considerada desrespeitosa com política de segurança pública.

Do G1, em São Paulo
32 comentários
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu por unanimidade recomendar a retirada da campanha "Duloren - Pacificar foi fácil. Quero ver dominar".
Imagem da campanha da Duyloren, lançada em março (Foto: Divulgação)Imagem da campanha da Duloren, lançada em março (Foto: Divulgação)
Na propaganda, lançada em março, uma moradora da Favela da Rocinha, a depiladora Ana Paula Conceição Soares, 29, aparece em roupas íntimas ao lado de modelo caracterizado como policial do Bope e desacordado. Na imagem, a inscrição: “Pacificar foi fácil, quero ver dominar”. A Rocinha está entre as comunidades do Rio que já receberam uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Segundo o Conar, o orgão recebeu mais de 20 reclamações de consumidores, homens e mulheres, que consideraram a campanha apelativa, sexista e desrespeitosa à política de segurança pública do Rio de Janeiro.
A suspensão da campanha foi aprovada por unanimidade pelos 13 conselheiros do Conar, em reunião realizada nesta quarta-feira (16). Segundo o órgão, por se tratar de decisão de primeira instância, cabe recurso, mas recomendação de retirada da campanha precisa ser cumprida imediatamente.
Até o fim da tarde desta quinta-feira, a campanha continuava disponível no site da empresa.
Procurada pelo G1, a Duloren informou que a empresa ainda não recebeu o comunicado oficial do Conar sobre a decisão.
Em sua defesa junto ao Conar, a Duloren afirmou que "em nenhum momento quis discriminar ou ser preconceituosa ao racismo, às classes, ao machismo e/ou ao sexismo, ou mesmo à dignidade da pessoa humana com o anúncio".
Segundo a empresa, o objetivo da campanha foi "valorizar a mulher e a iniciativa da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, na pacificação dessas comunidades carentes, submetidas a toda sorte da criminalidade ali instalada". 
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Fotógrafos premiados retratam cheia 



histórica dos rios no Amazonas



Raphael Alves fotografa com câmera analógica e filme em preto e branco.
Chico Batata viajou pelo Amazonas retratando a realidade das vítimas.

Mônica DiasDo G1 AM
Foto retrata mãe e filho do bairro Betânia, em Manaus (Foto: Raphael Alves)Foto mostra família no bairro Betânia, um dos mais atingidos pela cheia, em Manaus (Foto: Raphael Alves)
A cheia de 2012 é a maior registrada em 110 anos e transformou totalmente vários ambientes urbanos e rurais do Amazonas. O nível da água desabrigou várias famílias e deixou submersa muitas áreas que faziam parte do cotidiano do povo amazonense. O cenário diferenciado chamou a atenção de fotógrafos profissionais premiados, que desejam eternizar em imagens as consequências da cheia histórica que o rio enfrenta.
Para o fotógrafo Raphael Alves - que trabalha há 12 anos com fotojornalismo e fotodocumentarismo, e foi vencedor de vários prêmios na área, como o 'Best of Journalism da Society for News Design' e o 'Fiema de Jornalismo Ambiental' - o momento ímpar está servindo para o material de seu mestrado. No projeto pessoal, Raphael dispensou a câmera  digital e está trabalhando com uma câmera analógica, filme em preto e branco e lentes de curto alcance (35mm e 50mm), para ficar "mais próximo das pessoas", como ele mesmo descreveu.
Até agora as lentes de Raphael estão retratando apenas os reflexos da cheia em Manaus, mas o jovem, de 29 anos, tem planos de expandir o projeto para o interior. "Tenho ido aos locais e conversado bastante com as pessoas. Passo um pouco do tempo nos cenários ouvindo os moradores. Do ponto de vista da abordagem, isso é o que mais me importa", disse.
homem lamenta perda da plantação (Foto: Chico Batata)Homem lamenta perda da plantação (Foto: Chico Batata)
Já o fotógrafo Francisco Edvaldo da Silva, mais conhecido como Chico Batata, está retratando áreas de todo o Amazonas em câmera single-lens reflex digital. Batata trabalha há 20 anos com fotojornalismo e já foi premiado com a melhor fotografia Norte e Nordeste, selecionada em um concurso pela Operadora Vivo.
Para Batata, a cheia de 2012 é um marco do fenômeno da natureza dos últimos 100 anos que deverá ficar registrado não somente na memória. "Uma fotografia que mais me chamou a atenção foi a de um senhor que fazia a retirada da malva do Rio chorando e lamentando pela perda de sua plantação, sem ter como pagar suas dívidas", contou.
A pedido do G1, os fotógrafos selecionaram as fotos que, até agora, mas retratam a visão de cada um dessa cheia. Confira a galeria completa.
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Volkswagen lança versão de rua do 



Polo WRC


Hatch tem motor mais potente e pintura do carro de rali. 
Lançamento ocorre durante festival de tunning da marca, na Áustria. 

Do G1, em São Paulo
10 comentários
Volkswagen apresentou nesta quinta-feira (17) na Áustria, durante a edição 2012 do Wörthersee – tradicional festival de carros customizados da marca, com presença também de modelos de Audi, Seat e Skoda –, o Polo WRC Street, versão de rua (como o nome sugere) do carro que disputará o campeonato mundial de rali (World Rally Championship) no próximo ano.
Volkswagen Polo WRC Street (Foto: Divulgação)Volkswagen Polo WRC Street (Foto: Divulgação)
Sob o capô está um motor 2.0 TSI, de 220 cavalos de potência – significativamente mais forte que a configuração deste mesmo propulsor na versão GTi, com 180 cv, porém mais pacato que o 1.6 turbo de 300 cv que equipa o modelo de competição. O câmbio é automatizado de dupla embreagem, com seis marchas.
Volkswagen Polo WRC Street (Foto: Divulgação)Volkswagen Polo WRC Street (Foto: Divulgação)
Internamente, destaque para os bancos esportivos e o volante revestido em camurça. Na parte externa, há para-choques redesenhados e pintura que remete ao carro de rali. O Polo WRC Street será vendido, em edição limitada, em 2013.
Volkswagen Polo WRC Street (Foto: Divulgação)Volkswagen Polo WRC Street (Foto: Divulgação)
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