terça-feira, 15 de maio de 2012


Morre o escritor Carlos Fuentes


Ele morreu nesta terça-feira na Cidade do México, informou hospital.
Autor escreveu 'A morte de Artemio Cruz' e 'A Região mais Transparente'.

Do G1 com agências internacionais
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O escritor Carlos Fuentes morreu nesta terça-feira na Cidade do México, aos 83 anos, disseram à Agência Efe fontes do hospital onde ele estava internado.
Meios de comunicação mexicanos informaram sobre a morte citando fontes próximas à família. Ele morreu no Hospital Angeles, na capital mexicana, em decorrência de complicações cardíacas. 
Autor de romances como "A região mais transparente" (1958) e "A morte de Artemio Cruz" (1962), ele nasceu no Panamá em 11 de novembro de 1928, mas vivia no México desde sua adolescência. Fuentes falou sobre literatura e política em entrevista exibida no programa "Dossiê Globo News" (veja vídeo acima).
Carlos Fuentes em 2011 (Foto: AFP)Carlos Fuentes em 2011 (Foto: AFP)
Além de romancista, ele foi novelista, ensaísta e diplomata. Fuentes é conhecido por seu olhar crítico sobre a sociedade mexicana contemporânea e a política conservadora do ex-presidente americano George W. Bush. Seus artigos sobre o tema foram compilados em 2004 no livro "Contra Bush". Outras obras que se destacaram foram "Aura" (1962), "Terra nostra" (1975) e "Gringo velho" (1985).
Seu prolífico trabalho literário foi traduzido em 24 idiomas. Em um episódio curioso, sua obra "Aura" (1962) ganhou popularidade no México quase 40 anos depois de sua publicação, quando um conservador ministro do Trabalho proibiu que sua filha adolescente lesse o livro por narrar uma cena erótica.
A polêmica aumentou a demanda por "Aura" em meio a manifestações intelectuais em defesa da cultura. Segundo uma cronologia escrita por ele mesmo, começou na leitura desde criança com Edmundo de Amicis e Mark Twain, para logo conhecer Alexandre Dumas, Pablo Neruda e Jorge Luis Borges, entre outros. Em 1944, leu "Dom Quixote" e desde então voltou a visitá-lo a cada ano, disse.
Ele era casado com a jornalista mexicana Silvia Lemús, união da qual nasceram seus filhos Carlos Rafael, que era hemofílico e morreu em 1999 aos 25 anos, e Natasha, que morreu alguns anos depois aos 32 anos por causas desconhecidas. Fuentes ganhou o Prêmio Cervantes em 1987 e o Prêmio Príncipe das Astúrias em 1994. O livro mais recente do autor é "Antologia de contos Carolina Grau", que foi lançado em 2010 durante a  Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no oeste do México.
Ativista
Em um de seus romances mais recentes, "A Cadeira da Águia" (2002), Fuentes recorre à literatura epistolar para descrever de perto as manobras políticas ao redor de uma sucessão presidencial no México e as perversões do poder. Mas também estendeu suas críticas fora do país, como "A Fronteira de Cristal", que fala dos mexicanos que migram ilegalmente aos Estados Unidos em busca de emprego.
As opiniões de Fuentes eram comumente destacadas na imprensa nacional e internacional, em entrevistas concedidas aos meios de comunicação ou em seus artigos jornalísticos. Suas inquietudes políticas afloraram na juventude. Quando esteve radicado no Chile, durante a Segunda Guerra Mundial, participou em protestos de rua e, depois, ao voltar aos estudos em Washington, conviveu com alunos judeus alemães exilados.
Com o triunfo da revolução cubana de Fidel Castro enquanto Fuentes morava no México, o escritor viajou de imediato à ilha caribenha em apoio a esse governo. O autor, que foi embaixador do México na França (1972-1976) e professor em várias universidades norte-americanas e europeias, colaborou também com o Prêmio Nobel de Literatura de 1988, Octavio Paz, na Revista Mexicana de Literatura.
Fuentes tornou-se diplomata seguindo os passos do pai, mas se viu obrigado a deixar a embaixada em Paris depois de criticar abertamente o então hegemônico Partido Revolucionário Instituicional (PRI), que governou o México de 1929 a 2000.
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Veja repercussão da morte do 



escritor Carlos Fuentes


Presidente mexicano e Mario Vargas Llosa escreveram mensagens.
Ele morreu nesta terça-feira na Cidade do México, informou hospital.

Do G1 com agências internacionais
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Carlos Fuentes em 2011 (Foto: AFP)Carlos Fuentes em 2011 (Foto: AFP)
Escritores e políticos lamentaram, nesta terça-feira (15), a morte do escritor Carlos Fuentes, em decorrência de complicações cardíacas. Autor de romances como "A região mais transparente" (1958) e "A morte de Artemio Cruz" (1962), ele nasceu no Panamá em 11 de novembro de 1928, mas vivia no México desde sua adolescência.
Além de romancista, ele foi novelista, ensaísta e diplomata. Fuentes é conhecido por seu olhar crítico sobre a sociedade mexicana contemporânea e a política conservadora do ex-presidente americano George W. Bush. Seus artigos sobre o tema foram compilados em 2004 no livro "Contra Bush". Outras obras que se destacaram foram "Aura" (1962), "Terra nostra" (1975) e "Gringo velho" (1985).
Ele era casado com a jornalista mexicana Silvia Lemús, união da qual nasceram seus filhos Carlos Rafael, que era hemofílico e morreu em 1999 aos 25 anos, e Natasha, que morreu alguns anos depois aos 32 anos por causas desconhecidas.
Veja os depoimentos:

Felipe Calderón, presidente mexicano, em seu perfil no Twitter
"Lamento profundamente o falecimento do nosso querido e admirado Carlos Fuentes, escritor e mexicano universal. Descanse em paz."
Mario Vargas Llosa, escritor, em texto no site do jornal 'El País'
"Soube da morte de Carlos Fuentes e me deu muita dor. Com ele, desaparece um escritor cujo trabalho e cuja presença deixou marcas profundas. Suas histórias, romances e ensaios são inspirados principalmente pela história e problemas do México, mas ele era um homem universal, que sabia muitas literaturas, em muitas línguas, e viveu de forma comprometida com todos os grandes problemas políticos e culturais destes tempos. Ele sempre foi um grande promotor da cultura e trabalhou incansavelmente para reunir escritores e leitores de nossa língua em ambos os lados do Atlântico. Era um trabalhador, disciplinado e com entusiasmo, e ao mesmo tempo um grande viajante, com uma curiosidade universal, porque ele estava interessado em todas as manifestações da vida cultural e política e escreveu brilhantemente, especialmente em prosa. Não só seus amigos, mas também seus leitores sentirão muitas saudades dele."
Víctor García de la Concha, diretor do Instituto Cervantes, em comunicado
"Morreu um homem universal que sabia combinar o mexicano com a dimensão universal do espanhol. Foi embora um dos grandes."
Enrique Peña Nieto, candidato à presidência mexicana pelo partido PRI
"As letras mexicanas choram a partida do grande escritor Carlos Fuentes. Minhas sinceras condolências a sua família e amigos."
Geneton Moraes Neto, jornalista
"Carlos Fuentes foi o grande propagandista de Machado de Assis. Ou, pelo menos, um dos primeiros. Ele dizia que, enquanto outros escritores latino-americanos tentavam imitar as fórmulas europeias, Machado conseguiu criar uma obra original e brasileira. Então, ao contrário do que todos imaginam, Fuentes afirmava que quem criou o boom da literatura latino-americana foi o autor brasileiro."
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Câmara aprova projeto que torna 



crime invasão de computadores



Projeto prevê até 1 ano de prisão para quem obtém dados sem autorização.
Texto, de autoria de quatro deputados, segue para votação no Senado.

Nathalia Passarinho e Renan RamalhoDo G1, em Brasília
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (15) projeto de lei que tipifica no Código Penal delitos cometidos pela internet. O texto prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa, para quem invadir computadores alheios ou outro dispositivo de informática, com a finalidade de adulterar, destruir ou obter informações sem autorização do titular.
A proposta agora segue para votação no Senado. A aprovação da matéria na Câmara acontece em meio ao roubo de 36 fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann, que foram parar na internet. A polícia identificou quatro suspeitos de terem roubado as fotos do computador da atriz. Como ainda não há definição no Código Penal de crimes cibernéticos, os envolvidos serão indiciados por furto, extorsão qualificada, e difamação.
O projeto de lei aprovado na Câmara torna crime "devassar dispositivo informático alheio, conectado ou não a rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo, instalar vulnerabilidades ou obter vantagem ilícita."
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Penas
A pena de até um ano de detenção será aumentada de um sexto a um terço se a invasão resultar em prejuízo econômico à vítima. O texto prevê ainda pena de reclusão de seis meses a dois anos, além de multa "se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais e industriais, informações sigilosas assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido."
Neste caso a pena aumenta de um a dois terços se houver "divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos, se o fato não constitui crime mais grave."
O texto prevê que a pena será aumentada à metade se o crime for praticado contra presidente da República, governadores, prefeitos, presidente do Supremo Tribunal Federal, presidentes da Câmara, do Senado e de assembléias legislativas.
Pelo projeto, a ação penal nesse tipo de crime só poderá ter início mediante representação do ofendido, salvo se o crime for cometido contra a administração pública, qualquer dos Poderes da República e empresas concessionárias de serviços públicos.

Lei Azeredo
A proposta foi apresentada no ano passado pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Luiza Erundina (PSB-SP), Manuela D'Ávila (PC do B-RS), João Arruda (PMDB-PR), além do suplente Emiliano José (PT-BA) e do atual ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ). A intenção foi substituir projeto apresentado em 1999 que ampliava o leque de crimes cibernéticos e ficou conhecida como Lei Azeredo, por ser relatada pelo deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Essa proposta (PL 84/1999), ainda em tramitação, determina, por exemplo, a guarda e eventual fornecimento, pelos provedores de acesso à internet, do registro da navegação dos usuários, para investigações de delitos.
Os autores da proposta aprovada nesta terça (PL 2793/2011) argumentam que a tipificação penal de delitos deve ser mais restrita e que as mudanças devem ocorrer após a aprovação, pelo Congresso, do Marco Civil da Internet, que amplia garantias e direitos aos usuários.


Hackers postam fotos de Carolina 



Dieckmann nua no site da Cetesb



Invasão ocorreu na tarde desta terça-feira (15).
Site com as fotos foi retirado do ar, diz companhia estatal.

Do G1 SP
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Carolina Dieckmann (Foto: Reprodução)Carolina Dieckmann conversou na segunda-feira
com o Jornal Nacional (Foto: Reprodução/TV Globo)
O site da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) foi invadido por hackers na tarde desta terça-feira (15). Eles colocaram fotos da atriz Carolina Dieckmann nua no lugar da página principal. Outras páginas internas do site, que poderiam ser acessadas via mecanismo de busca, também foram derrubadas ou ficaram com acesso muito lento, conforme constatou o G1 por volta das 18h35.
 Procurada pela reportagem, a Cetesb disse estar ciente da invasão. O site foi retirado do ar pela empresa e não estava mais disponível às 19h10, como verificou a equipe de reportagem. A Cetesb disse estar "tomando todas as medidas necessárias" quanto ao ataque.
Uma assessora afirmou que a empresa divulgaria mais tarde uma nota sobre o caso, dando uma previsão para o retorno do site. A Cetesb não soube informar se vai registrar um boletim de ocorrência ou acionar a Polícia Civil sobre a invasão.
'Voltar a viver'
A atriz Carolina Dieckmann falou pela primeira vez, no Jornal Nacional da noite desta segunda-feira (14), sobre o roubo de 36 fotos íntimas, que foram publicadas na internet. "Acho que agora vou poder voltar a viver, porque minha vida estava em suspenso", disse, sobre o alívio que sentiu pela polícia ter encontrado suspeitos. Em entrevista a Patrícia Poeta, ela disse que "nunca" cogitou ceder à extorsão - a atriz afirma ter recebido um pedido de R$ 10 mil para evitar a publicação das imagens.

A polícia identificou quatro suspeitos de terem roubado as fotos do computador da atriz. Os envolvidos  serão indiciados por furto, extorsão qualificada - e difamação.
 Nunca serão eliminadas
Em entrevista ao G1, Thiago Tavares,  presidente da Safernet, organização não governamental de defesa dos direitos humanos na rede, disse que as fotos da atriz Carolina Dieckmann, que vazaram na internet no dia 4 de maio, “nunca” poderão ser completamente eliminadas da rede.

“Essas fotos já se perpetuaram na rede. Fizemos um levantamento que mediu a propagação em apenas um pedaço da internet, uma fatia da rede, que é a web”, contou Tavares. “Além disso, as imagens estão salvas em centenas de milhares de HDs. Não tem mais como voltar a ser privado.”
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Fotógrafo mostra cotidiano de índios 



do Parque Nacional do Xingu, no MT



Aldeia indígena Yawalapiti é uma das 14 instaladas na área.
Voo detectou desmatamento próximo à região de preservação ambiental.

Do Globo Natureza, em São Paulo
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O fotógrafo da Reuters, Ueslei Marcelino, permaneceu por alguns dias deste mês na aldeia indígena Yawalapiti, uma das 14 etnias que vivem no interior do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso. As imagens foram divulgadas nesta terça-feira (15).
As fotos mostram o cotidiano da aldeia. Em agosto, os Yawalapiti, juntamente com outras aldeias, realizam o ritual Kuarup, que ocorre durante vários dias para honrar a morte de pessoas de grande importância para eles.
Originalmente, o Kuarup era apenas um ritual fúnebre com a intenção de trazer os mortos de volta à vida. Mas hoje, é uma celebração da vida, morte e renascimento. Neste ano, os Yawalapiti vão prestar uma homenagem a um importante índio da etnia e a Darcy Ribeiro, antropólogo brasileiro conhecido por focar a relação dos povos indígenas e a educação no país.
Xingu1 (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)Foto de 9 de maio mostra porção do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso, que foi desmatada. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Xingu1 (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)Homens da etnia Yawalapiti. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Xingu1 (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)Homem segura armadilha feita com timbó, uma planta que libera toxinas nas águas que paralisam os peixes, facilitando a pesca. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Xingu1 (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)O chefe da etnia Yawalapiti, Anuia (à frente), lidera dança na aldeia. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Xingu (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)Criança indígena salta de árvore dentro do Rio Xingu, no Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
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