10 dicas do Japinha para ser um bom baterista
Músico do CPM 22 dá conselhos para quem se dar bem com as baquetas
Ricardo di Roberto, o Japinha, andou sumido por algum tempo, mas deve voltar a aparecer nas rádios com força total nos próximos meses. Isso porque o CPM 22 está preparando o lançamento de umdisco acústico, previsto para 2013, com direito a grandes sucessos da banda, e algumas parcerias “grandiosas e inusitadas”, segundo o vocalista Badauí.
Eleito três vezes o melhor baterista do país noVideo Music Brasil, premiação da MTV, Japinha, hoje aos 38 anos, conversou com o iGnessa semana e deu dez dicas para quem quer seguir o exemplo dele e de seus ídolos pessoais, que você descobre quem são na galeria abaixo. Muita atenção, jovens bateristas!
1 - Tenha bateria em casa. “Não seja afobado de sair comprando uma bateria logo que você começou a tocar. Toque pelo menos uns seis meses antes de comprar, mas compre, porque isso ajuda você a tocar na hora que você quiser, além de ser bem mais confortável ficar em casa.”
2 - Toque junto com o CD. “Colocar o CD ou o MP3 para tocar junto com ele pode te fazer aprender muitas coisas, especialmente na hora de imitar viradas. Comigo funcionava bastante.”
3 - Monte a bateria em uma posição confortável. “Se você gostar tanto de bateria quanto eu, você vai querer tocar por muitas horas. Coloque os pratos, caixas, pedais, o teu banquinho, tudo em posições que sejam boas para você, para evitar problemas depois.”
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4 - Pratique com banda. “Tocar sozinho é bacana, mas tocar com banda é melhor ainda. Para o meu gosto de bateria, tocar com banda tem a ver com musicalidade. Ser um virtuoso é bem legal, mas tocar em grupo te dá uma experiência diferente, mais humana. É algo que vai além da técnica. Além disso, a bateria é o instrumento que conduz a banda. Outros músicos precisam se sentir bem quando tocam com você.”
5 - Ouça e toque outros ritmos. “Eu aprendi bateria em um conservatório, então toquei marcha, samba, valsa, baião, bolero, foxtrote, e mais um monte de coisas. Eu não toco esses ritmos hoje, mas isso tudo enriqueceu minha cultura musical e pode ajudar você na hora de criar uma virada ou um andamento diferente. É um vocabulário sensacional.”
6 - Sempre toque quando alguém te chamar. “Seja receptivo a convites. Para um baterista, é importante estar tocando a todo momento. É bom porque você se torna conhecido e pode fazer bons amigos. Toque em todo lugar: show na TV, show em barzinho, show com cachê baixo, com cachê alto, não importa. O que vale é estar no palco o maior número de vezes o possível.”
7 - Observe outros bateristas tocando ao vivo ou pela TV. “Vendo outros caras usando as baquetas, eu aprendi muita coisa. Postura, técnica, repertório, boas viradas, até mesmo o visual que você usa no palco, isso tudo você pega de outros bateristas”.
8 - Tenha mais de um professor ao longo do seu aprendizado. “No conservatório, eu tive dois professores. Lógico que o primeiro foi o mais importante, pois foi quem me ensinou a tocar. Mas quando eu mudei de professor, peguei coisas diferentes que o primeiro não tinha me ensinado, e que eu trago comigo até hoje.”
9 - Aprenda teoria musical. “Não é nem uma coisa que eu uso tanto, mas é bem importante. Entender andamentos, fórmulas de compasso, duração das notas, mesmo se você não for partir para um lance mais erudito, vale a pena. Uma hora você vai lembrar e é bem útil”.
10 - Tenha um bom preparo físico. “Se você está cansado, você não toca tão legal. A bateria te exige muito durante o show. Eu chego a perder pelo menos 1kg em um show de uma hora de duração. Naqueles lugares quentes, sem ventilação, dá até para perder 2, 3kg”.
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